Alagoas
Deputado diz que distribuição de água na região metropolitana de Maceió piorou
Pedro Vilela acusa a “BRK de não fazer o dever de casa” e o governo de não repassar aos municípios a parte devida pelo leilão da Casal
“Temos notado, após um ano de concessão, que houve uma piora considerável nos serviços de saneamento básico e que parte da população ainda sofre com a falta de água”, avaliou o deputado Pedro Vilela (PSDB) após participar da audiência pública do Senado Federal, sexta-feira, dia 11, em Maceió, promovida pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB) para debater os termos do leilão da CASAL para concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário na região metropolitana da capital alagoana.
“Além disso, o Governo do Estado não repassou aos municípios afetados a parte devida dos 2 Bilhões de reais pagos pela BRK à título de outorga. É papel do Congresso Nacional fiscalizar e vamos continuar fazendo isso. Cobrando quem deve ser cobrado e responsabilizando os culpados por tamanho descaso”, acrescentou o deputado, que junto com o senador Rodrigo Cunha e o deputado estadual Davi Maia, conseguiu na Justiça a suspensão do aumento de 8% nas tarifas de água dado pela BRK em setembro de 2021.
Em outubro, Pedro Vilela, Rodrigo Cunha e Davi Maia denunciaram a BRK por descumprir a decisão judicial e manter o aumento de 8,085% para consumidores da região metropolitana de Maceió. “É uma empresa que ignora a Justiça, que não oferece serviço de qualidade, que age de má fé e afronta a todos nós alagoanos”, enfatiza o parlamentar, destacando a importância da audiência do Senado Federal para a transparência pública. “Vamos estar vigilantes”, reforça o deputado.
A BRK Ambiental foi a vencedora do leilão da Companhia de Saneamento de Alagoas – Casal – no ano passado e assumiu a concessão dos serviços de água e esgoto de 13 cidades da região metropolitana de Maceió, que reúnem 1,5 milhão de habitantes. Após apresentar a proposta de maior outorga fixa ao Estado, com o valor de R$ 2 bilhões, a BRK Ambiental assinou um contrato de 35 anos, se responsabilizando por investir R$ 2,6 bilhões em infraestrutura ao longo do período de concessão, sendo R$ 2 bilhões já nos seis primeiros anos.
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