O corpo do menino Cauã, de menos de três anos, foi encontrado na tarde desta quinta-feira (28), em uma região de mata no Benedito Bentes. O casal que tomava conta da criança, um rapaz de 25 anos e uma adolescente de 16, foi preso pelo crime.


O jovem confessou à imprensa que na segunda (18), dia da morte, o menino estava 'aperreando' na casa do casal, quando o jovem agrediu Cauã com tapas. No momento, o menino caiu, bateu a cabeça na parede e começou a ter convulsões, vindo a falecer.


“Ele (criança) estava aperreando e dei uns tapas nele. Ele bateu a cabeça. Fiquei nervoso. A criança começou a ter convulsão, tentei massagear, mas ele já tava sem vida”, relatou o jovem à imprensa.


Após o crime, o jovem decidiu jogar o corpo da criança no matagal por medo de ser acusado de assassinato se o levasse a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), já que o falecimento, segundo ele, teria sido acidental.


 O delegado Gustavo Xavier, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), é o responsável pelo caso. Em entrevista à imprensa, ele afirmou que o corpo do menino teria sido jogado no matagal em comum acordo entre o jovem e a adolescente. Ele ainda revelou que, aparentemente, o cadáver está no local há pelo menos 10 dias. O suspeito deverá ser indiciado em flagrante por ocultação de cadáver.


ENTENDA O CASO - As primeiras informações eram as de que o garoto foi deixado aos cuidados de uma adolescente de 16 anos há cerca de 50 dias. A mãe de Cauã, identificada como Dirlene, mora em Chã de Bebedouro, e afirmou que o menino estava passando uns dias na casa da amiga para que ela pudesse trabalhar. Ainda segundo relato de Dirlene, o menino sumiu após a amiga e o companheiro se deslocarem para uma loja no comércio do bairro.


Agentes do Programa Ronda no Bairro foram acionados para atender a ocorrência e receberam o auxílio da equipe de Articulação e Mobilização Social do Ronda que deu  suporte ao caso que também ficou sob acompanhamento do Conselho Tutelar da Região X.