Alagoas

Governo-tampão

Luciano Fontes disputa vaga para comandar Alagoas

Em 2018, ele obteve cerca de 10 mil votos para deputado federal

Por Luciano Milano 30/04/2022 12h12 - Atualizado em 30/04/2022 13h01
Luciano Fontes disputa vaga para comandar Alagoas



Luciano Valdomiro Silva Fontes, 43 anos, é natural de Arapiraca e bombeiro militar há mais de 15 anos em Alagoas. Ele é um dos 24 candidatos ao govenro-tampão (16 para chefe do Executivo e 8 para vice) de Alagoas na eleição da próxima segunda-feira, 2. O vice de Fontes é o também bombeiro militar de Alagoas, Rogers Tenório dos Santos. Luciano Fontes é o entrevistado de hoje do Em Tempo Notícias. O portal manteve contato com os também candidatos ao cargo, os deputados Paulo Dantas (MDB) e Cabo Bebeto (PL). Houve tratativas com as respectivas assessorias para que eles também fossem entrevistados sobre a eleição indireta, mas ambas deixaram de responder os contatos. 

A eleição esteve ameaçada de não ocorrer após decisões da Justiça. Na sexta, 29,  o Tribunal de Justiça derrubou liminar nesse sentido e manteve o pleito

Em Tempo Notícias (ETN) - Quem é Luciano Fontes?

Posso dizer que sou um cidadão comum, bombeiro militar, que levanta cedo todos os dias, trabalha, ganha a vida de forma honesta. Nada diferente dos milhares de outros alagoanos. Porém, sempre busquei estar antenado com as questões sociopolíticas e econômicas de Alagoas e de certo modo, cansei de permanecer como mero espectador e resolvi me tornar agente de mudanças. Por isso, em 2018 lancei minha candidatura como deputado federal, obtendo cerca de 10 mil votos, que infelizmente não me levaram à vitória, mas que me possibilitaram conhecer mais de perto as inúmeras maneiras de melhorar a vida dos alagoanos, também cidadãos comuns. Hoje, em 2022, percebo que há um cenário incerto no campo político de Alagoas, que clama por alguém diferente que possa entender e atender às demandas da sociedade e que não esteja ligado às oligarquias que há tantas décadas governam nosso estado.

ETN - Que te levou a apresentar candidatura em um cenário onde os próprios deputados admitem vitória de Paulo Dantas?

Mesmo compreendendo que se pareça tratar de um jogo de cartas marcadas, que tem como favorito o deputado Paulo Dantas, resolvi entrar na disputa para o governo de Alagoas por entender a importância da participação popular na política e para conscientizar o povo alagoano de que a permanência das mesmas famílias no poder contribuiu e continuará contribuindo para que Alagoas permaneça estagnada. Apresentando um dos piores índices sociais do Brasil.

ETN - O que lhe parece a judicialização da eleição indireta?

Quanto ao entendimento da legalidade ou não da eleição indireta para governo de Alagoas, cabe a justiça decidir. Agora, de uma coisa eu tenho certeza, a ação ajuizada pelo Partido Social Brasileiro (PSB), do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, aliado do presidente da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira e do senador Rodrigo Cunha, deixa bem claro que a disputa pelo poder em Alagoas não será fácil para o grupo dos Calheiros que apoiam o deputado Paulo Dantas.

ETN - Mesmo com a decisão, a ALE avisou que o pleito será realizado e o Tribunal de Justiça derrubou a liminar, garantindo a eleição para a segunda, 2. Comente.

É importante citar que a decisão encontrada para este conflito seja voltada aos pilares da democracia, e que a sociedade não venha a ter prejuízos.

ETN - Em um hipotético governo-tampão de sete meses apenas, o que você e seu vice poderiam oferecer de benefícios à população?

Em primeiro lugar transparência, algo que não vimos no governo Renan Filho. Como exemplo simples, temos a compra dos respiradores que foram pagos e até hoje Alagoas não os recebeu, e estamos falando justamente de um equipamento essencial na pandemia, ou seja, estamos falando da saúde dos alagoanos que o governador Renan Filho tanto dizia se preocupar. Daremos início ao socorro aos mais de 1,4 milhões de alagoanos que vivem na pobreza, fortaleceremos a agricultura familiar, facilitaremos o acesso ao crédito para o micro e pequeno empreendedor e daremos posse aos aprovados nos concursos da saúde e sobretudo da educação. Uma vez que faltam professores nas escolas. Outra questão de suma importância é dar início de fato ao funcionamento dos hospitais construídos na gestão Renan Filho. Pois os mesmos ainda não funcionam de forma plena. Outras propostas são a redução da máquina púbica e a redução de impostos. Algo que o ex governador Renan Filho nunca se preocupou em fazer.

ETN - No geral, como você enxerga a política partidária no Brasil?

Política Partidária é muito importante para o engajamento da sociedade, que de forma voluntária busca incrementar ideologias que versem o bem comum social. Infelizmente no Brasil vemos uma distorção do seu verdadeiro significado. Surgindo ideologias partidárias que visam interesses próprios ou de pequenos grupos e formas de se perpetuarem no governo por meio de estratégias que burlam o sentido real de democracia.

ETN - Qual a avaliação que você faz do governo de Renan Filho?

É impossível avaliar de forma positiva um governo que aumentou IPVA, ICMS dos combustíveis, excluiu famílias pobres de Alagoas do acesso às suas necessidades mais urgentes de sobrevivência, não socorreu o micro e pequeno empreendedor durante a pandemia, levando a falência mais de 20 mil estabelecimentos comerciais, contribuindo, assim, para o aumento do número de desempregados no Estado.

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