Alagoas
Em Alagoas, gás metano de aterros sanitários vira energia elétrica
Iniciativa barateia conta de luz de pequenos comerciantes em até 12%
O estado de Alagoas está transformado o gás metano, emitido em um aterro sanitário, em energia limpa — o que barateou a conta de luz, a princípio, de pequenos comerciantes em até 12%. Isso tem sido possível graças à inauguração, no dia 17 de março, da primeira usina de biogás do estado, que transforma o metano do lixo em energia elétrica. A usina fica na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) do Pilar, na Grande Maceió (AL), e foi erguida após um investimento de R$ 8 milhões feito pelo grupo Alagoas Ambiental.
O espaço terá capacidade para produzir 8,5 GWh de energia por ano, o equivalente ao consumo de mais de quatro mil residências. À reportagem do Ecoa, um representante conta que a empresa pensava em aproveitar o biogás desde a implantação da CTR, em 2015. No entanto, para que isso pudesse acontecer, era necessário ter biogás suficiente para fazer funcionar o motor gerador. Em 2020, após vários estudos, foi feito o investimento.
O processo é possível após o aterro de resíduos classe II (lixo comum, domiciliar) começar a gerar uma quantidade suficiente de biogás para que supra o funcionamento do motor gerador.
"A Alagoas Ambiental tem atualmente duas centrais de tratamento de resíduos em operação no estado: uma no município de Pilar (região metropolitana) e outra em Craíbas (no agreste). Uma terceira central está em fase de implantação no município de Delmiro Gouveia (sertão)", afirma Marnes Gomes, gerente de operações do grupo Alagoas Ambiental.
"Nossa primeira usina de geração de energia através do biogás fica situada na central do Pilar. Em 2022 acontecerá a implantação de mais duas usinas de geração de energia na central que fica em Craíbas, com capacidade de geração de 1000 kWh cada uma, e a segunda usina de geração no Pilar", completa.
O biogás é oriundo da transformação que ocorre por meio da decomposição do resíduo. Esse biogás, ressalta o gerente, é coletado por meio de tubulações e levado para estações de regulagem. Em seguida, passa por um processo de desumidificação e retirada das impurezas, e está pronto para ser injetado no motor gerador e começar a gerar energia.
O resultado deve culminar em economia na energia elétrica da população local. No entanto, explica o gestor, a empresa está atendendo estrategicamente pessoas jurídicas que estão em regime atual de consumo de energia em baixa tensão e média tensão.
Para aderir ao projeto, os interessados não terão custo de investimento e consumirão energia limpa com descontos de 10 a 12% nas contas. A empresa que decidir aderir à iniciativa entra em um grupo consorciado e passa a ser autogeradora, podendo assim se beneficiar das vantagens citadas.
"Nossos planos para ampliação incluem outros três motores em funcionamento até março de 2023, sendo dois em nossa central de Craíbas e um em nossa central no Pilar", diz Gomes.
*Do Uol
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