O Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) realizou mais uma edição do Projeto Jovem Juiz, que visa levar alunos de escolas contempladas pelo programa para conhecerem os procedimentos e funções desempenhadas em um tribunal do júri. Cerca de 40 estudantes acompanharam um julgamento presidido pelo juiz José Braga Neto, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, nesta terça-feira (30).

A seleção dos estudantes foi feita por meio de uma redação, na qual os alunos propuseram uma resolução para um caso hipotético de conflito. Durante a sessão, os estudantes conheceram de perto o trabalho realizado por um juiz, um promotor de justiça e um defensor público.

Estudantes foram selecionados para participar do Jovem Juiz depois de escreverem redações sobre resolução de conflito. Foto: Mauricio Santana

A ação foi iniciada com apresentações do juiz Yulli Roter Maia e da policial militar Patrícia Macedo. O magistrado e a soldada abordaram brevemente o tema feminicídio, explicando a relação de posse em um relacionamento abusivo e o ciclo de violência no qual mulheres que vivenciam essa situação estão inseridas.

Dando continuidade, os estudantes foram encaminhados à sala onde iria ocorrer a sessão. Eles acompanharam a escolha do júri, o depoimento das testemunhas e dos réus, as teses sustentadas pelo promotor de justiça e pelo defensor público.

“O papel do defensor não consiste apenas na absolvição do réu, mas também em questões como a necessidade de mantê-lo preso enquanto espera o julgamento, se a condenação foi justa, entre outros casos. Nossa função é garantir que todo ser humano tenha o direito básico à defesa”, explicou o defensor público Arthur Loureiro aos estudantes.

Segundo o juiz José Braga Neto, a participação dos estudantes no projeto Jovem Juiz contribui muito para suas formações, podendo até mesmo despertar interesse em seguir carreira na área jurídica. “Essa iniciativa do PCJE é extraordinária. É muito importante a participação desses e de outros jovens em projetos desse nível, que contribuem em suas formações, levando-os a conhecer como funciona o Tribunal do Júri em todas as suas etapas”, afirmou o magistrado.

A estudante Carla Aparecida, da Escola Municipal Prof. Antídio Vieira, contou que a experiência a fez cogitar a carreira jurídica. “Foi um momento único, no qual eu pude ver de perto como funciona um julgamento. Espero ter essa oportunidade pelo menos mais uma vez, porque até me fez pensar se quero trabalhar com isso. Vou levar para a vida toda”, concluiu a estudante.

Participaram da ação, estudantes das escolas estaduais Professora Anaias de Lima Andrade, Professor Mário Broad, Professor Edmilson de Vasconcelos Pontes, Princesa Isabel, Professor José da Silveira Camerino e Centro Cyro Accioly. Já da rede municipal, participaram estudantes das escolas Professor Antídio Vieira, Doutor Pompeu Sarmento, Dr. José Haroldo da Costa, Tradutor João Sampaio, Silvestre Péricles e Zumbi Dos Palmares.