Alagoas
Polícia Civil de Alagoas auxilia investigação do assassinato de delator do PCC em aeroporto de São Paulo
Antônio Vinicius Gritzbach foi executado após desembarcar em Guarulhos; motivações e conexões são investigadas
A Polícia Civil de Alagoas informou que vai apoiar as investigações sobre a execução de Antônio Vinicius Gritzbach, morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, logo após um voo de Maceió no dia 8 de novembro. Conhecido por delatar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC), Gritzbach foi surpreendido por dois homens encapuzados que fugiram após o homicídio. Além dele, um motorista de aplicativo também foi baleado e morreu no local.
Para esclarecer as circunstâncias do crime, as autoridades de São Paulo solicitaram que a Polícia Civil de Alagoas refaça o trajeto de Gritzbach durante sua estada no estado. A investigação inclui a análise de imagens de câmeras de segurança em ruas, na orla e nos hotéis onde ele e a namorada se hospedaram. Segundo depoimentos, o empresário teria visto em Alagoas alguém que se parecia com um homem que o ameaçava.
Joias e atividades suspeitas
Durante a investigação, um segurança de Gritzbach relatou que recebeu uma pequena sacola de um desconhecido em um quiosque na praia em Maceió. Não se sabe se a sacola continha as joias que ele levava ao desembarcar em São Paulo, avaliadas em cerca de R$ 1 milhão. A família mencionou à polícia que a viagem a Maceió teria sido motivada pela cobrança de uma dívida, mas essa relação ainda não foi confirmada.
Conexão com o PCC e polícia sob investigação
A morte de Gritzbach expôs uma rede de possíveis envolvidos, incluindo membros do PCC e agentes das forças de segurança. Segundo sua defesa, a facção criminosa teria oferecido R$ 3 milhões pela sua execução. Gritzbach, que havia denunciado oito dias antes da morte a corrupção de policiais civis em São Paulo, afirmava que esses agentes tentaram extorquir R$ 40 milhões para não investigá-lo por um duplo homicídio atribuído a ele.
A SSP de São Paulo informou que policiais civis acusados por Gritzbach foram afastados, além de oito agentes da Polícia Militar responsáveis por sua segurança. A polícia investiga se o empresário foi vítima de uma emboscada arquitetada pelo PCC, com possíveis participações de agentes de segurança e outros devedores. A investigação segue em sigilo.
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