Flechada certeira: Ministério dos Povos Indígenas
Seguindo na toada de saudar os acertos de Lula em sua terceira presidência, antes mesmo do mandato começar, deve ser destacada a criação do Ministérios dos Povos Indígenas e pela indicação da líder Sônia Guajajara para ser a titular da pasta. Aplausos múltiplos!
Luiz Inácio entrou para a história com esse gesto. Não é novidade pois o filho de Dona Lindu é useiro e vezeiro em fazer história. Não confundam isso com santidade, Lula da Silva é pessoa comum, com erros e acertos, apenas faz história desde que foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Mas voltemos à questão do Ministério e da indicação de Guajajara. São duas iniciativas diferentes, e três gols de placa. Gol um: criar o ministério, num salto histórico na trajetória de atenção aos povos originários e que teve na Funai outro momento significativo no passado. Gol dois: indicar para o posto uma pessoa dos povos originários. Gol três: escolher uma mulher índia de esquerda.
Apois Lula podia ter reforçado a Funai, o que já seria positivo. Podia ter indicado pessoa indigenista, profissional na área, seria positivo. Podia ter escolhido liderança dos povos originários com posição política independente, seria positivo. Mas Silva se superou: Criou o ministério e indicou uma mulher índia-raiz, militante de esquerda (farei comentário específico depois). Merece placa no Maracanã da história.
Os povos originários, dentre os povos oprimidos deste Brasil varonil, foram os que mais se lascaram. Sofreram ainda mais que os povos trazidos à força da África como escravos – e olhe que essas almas africanas penaram suplícios imensos por mais de 300 anos, e depois de mais de um século da emancipação da escravatura, seguem discriminados e compõem a maioria esmagadora da população brasileira em situação de dificuldade.
As populações nativas – indígenas, como foram chamadas – foram (e são) vítimas de um genocídio. Tribos inteiras foram exterminadas sem chance de deixar sequer suas lembranças como língua, ritos, modo de vida. Foram sumidas. É o caso dos Caetés, no Nordeste brasileiro, que nem se sabe com segurança se eram um grupo homogêneo, ou se foram tribos e grupos étnicos distintos que ousaram resistir à invasão europeia. A única certeza é que foram extintos, assassinados até a derradeira pessoa.
Voltaremos ao tema, que é vasto. Mas, por enquanto, ficam os parabéns para o tripresidente do Brasil, por teimar em fazer história.
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