4 de janeiro: em 1853, depois de 12 anos de escravidão Salomon Northup é libertado
4 de janeiro de 1853 – Salomon Northup recupera sua liberdade depois de 12 anos como escravo ilegal no Sul dos Estados Unidos. Negro, ele havia nascido livre em Nova Iorque, foi raptado por traficantes de escravos que o venderam, com outro nome, no estado da Lousiana. Era então casado e com filhos, todos livres, apesar da escravidão vigorar na América, com alguma variação de legislação entre os Estados.
Northup comeu o pão que o diabo amassou entre 1841 e 1853, sendo vendido e revendido, passando por ora por proprietários brutais, ora por pessoas mais generosas, até encontrar um canadense, Samuel Brass, que se dispôs a enviar cartas a seus parentes em Nova Iorque. Com a mobilização de familiares e grupos de apoio, enfim, Salomon reconquistou a liberdade.
Uma vez livre, Salomon Northup publicou um livro autobiográfico, “Doze anos de escravidão”, em 1855, obra que vendeu 30 mil exemplares nos três primeiros anos de circulação e que, além de impulsionar a luta antiescravista nos Estados Unidos (escravidão só seria finda em dezembro de 1865), lhe rendeu um apurado suficiente para comprar uma pequena fazenda e reiniciar sua vida como produtor rural livre. Em 2013, seu livro inspirou filme homônimo, dirigido por Steve McQueen, um sucesso de público e crítica, recebendo o Oscar de Melhor Filme, além do Globo de Ouro como o Melhor Drama, e o BAFTA Award. Salomon, na película, foi interpretado pelo ator Chiwetel Ejiofor, britânico filho de pais nigerianos.
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