Segurem as carrocinhas! O médio de perro, presidente da Argentina, Javier Milei, ultra-liberal-conservador-antipiquetagem, tomou fôlego na Casa Rosada e escreveu sua birra da hora: não quer mais fazer parte do grupo de emergentes Brics. Essa carta enviada aos países do bloco e assinada pelo próprio Milei, será que segue as orientações de seu cachorro falecido? É o tango das reviravoltas, agora com uma pitada de espiritualidade canina!

A adesão ao Brics foi combinada por Alberto Ángel Fernández, candidato derrotado na economia e na política. Agora foi cancelada por Milei, pois os eixos da política externa atual (e espiritual) não se alinham com a administração anterior.

A carta, especialmente destinada ao presidente brasileiro Lula, que foi desprestigiado para a posse do Hermano argentino, teve um Q de arrego: quer manter os laços bilaterais, como se fosse uma dança comercial. Afinal, mesmo fora do Brics, a Argentina quer manter os passos alinhados no comércio com o Brasil.

Essa novela não chega a ser uma surpresa para quem já estava de olho nos passos peculiares do presidente Milei. A ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, já havia soltado a notícia no X (antigo Twitter) há mais de um mês: "Não nos juntaremos ao Brics". Parece que o tango já estava ensaiado nos bastidores ao som de uivos e latidos!

Enquanto a Argentina abandona o Brics, o bloco, que aceitou novos parceiros como Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos, segue sua dança geopolítica. E quanto a Argentina? Qual será sua próxima batida? Só o presidente Milei e seu orientador espiritual canino podem nos dizer.

O que se sabe é que a dança política no país de Los Hermanos está longe de ser uma simples valsa. É um verdadeiro espetáculo, onde até mesmo cachorros podem ter suas influências espirituais no palco mundial.

*Ricardo Lima é especialista em Webjornalismo e novas mídias.