Wadson Regis

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

O Rio Grande do Sul, infelizmente, na dor, vai entender o que é o Nordeste

10/05/2024 10h10
O Rio Grande do Sul, infelizmente, na dor, vai entender o que é o Nordeste

Trago, neste texto de hoje, duas informações que se completam. Mas só se conectarão, e só terão alguma valia num futuro próximo, se houver o interesse dos políticos.

A primeira é que, em 2015, o governo de Dilma Rousseff encomendou um estudo minucioso, chamado de “BRASIL 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima”. A conclusão do relatório, pago com dinheiro público federal, revelou resultados dramáticos para as regiões do Brasil. Por exemplo: que haverá (isso dito em 2015) elevação do nível do mar, mortes por onda de calor, colapso de hidrelétricas, falta d’ agua no Sudeste, piora das secas no Nordeste e o aumento de chuvas no Sul.

Diante do cenário estarrecedor, o estudo foi engavetado. Com relação ao Rio Grande do Sul, palco da maior tragédia social, ambiental e econômica do país, é a terceira enchente em três anos. Esse cenário de guerra também podemos ter novamente em Alagoas. “Essa tragédia anunciada pode acontecer a qualquer momento na quadra chuvosa maio/agosto”. Quem afirma é Wellington Lou. Sabe quem é ele? O engenheiro criador do projeto do Canal do Sertão e do “também arquivado” projeto das barragens de contenção para evitar tragédias com enchentes em Alagoas. O projeto de Wellington Lou foi apresentado ao governo de Renan Filho em 2014. A vida não é feita de coincidência, caro leitor.

Veja o que diz o presidente Lula, em meio à tragédia no Rio Grande do Sul. “A natureza está se manifestando, e nós precisamos levar isso muito em conta, porque quando a natureza se rebela, a gente sabe que os prejuízos são muitos”. Será que também vão arquivar essa “preocupação do presidente”? TUDO É POSSÍVEL.

O povo do Rio Grande do Sul, infelizmente, na dor, vai entender o que é o Nordeste.

Já o nordestino, continuará a ouvir balelas criminosas, no circo dos palhaços que beijam e abraçam os pobres a cada dois anos das eleições.