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Oppenheimer: uma experiência imersiva sobre o pai da bomba atômica

Por Redação com site* 06/08/2023 14h02
Oppenheimer: uma experiência imersiva sobre o pai da bomba atômica

A partir da biografia “O Triunfo e a tragédia do Prometeu Americano” (Kai Bird e Martin J. Sherwin), o roteiro e a direção de Christopher Nolan conseguiram transformar uma história intrincada, cheia conceitos de física quântica, tramas políticas, com dezenas de personagens reais, em plena Segunda Guerra Mundial em uma realização brilhante. Para alguns, uma nova obra-prima.

Apesar de longo, o filme prende a atenção do espectador ao dosar suspense, ação, drama e romance, sem perder o foco nas conquistas e no inferno pessoal vivido pelo “pai da bomba atômica”.

Físico teórico proeminente e uma das mentes mais brilhantes de seu tempo, Oppie como era chamado por seus pares intelectuais, foi o principal responsável pelo Projeto Manhattan, estrutura que consumiu três anos de trabalho e bilhões de dólares para desenvolver as duas bombas atômicas que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki (Japão). O genocídio de 200 mil japoneses acabou com a 2ª Guerra, ao mesmo tempo em que deu início ao novo mundo: o da Era Nuclear.

O filme, no entanto, nem de longe mergulha no conflito direto, ou traz cenas documentais sobre o lançamento de “Little Boy” e “Fat Man”, as bombas que os americanos apresentaram ao mundo como prova de seu assombroso poder bélico.

Mais um acerto de Nolan. Afinal, não há sentido em ver novamente aos cenas de horror e morte. Elas são retratadas de uma forma indireta, mas não menos perturbadora. Além disso, o filme é sobre a visão e a vida turbulenta do homem que colocou em prática a teoria da fissão nuclear.

“Oppenheimer” é, acima de tudo, um drama sobre genialidade, sobre arrogância, acertos e erros, de um indivíduo que, como judeu, pensou em deter a ameaça nazista e o extermínio de seu povo, usando a ciência para criar uma arma indefensável.

A questão é que o intelectual tirou o gênio da lâmpada, acreditando que o colocaria de volta depois. Acreditava que diante de uma arma tão potente e mortal, o jogo da Guerra seria zerado, na medida em que não sobraria pelo que lutar se houvesse uma guerra nuclear. Sua equação, porém, não levou em conta a sede eterna de poder dos que comandam grandes nações.

*DN

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