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Alagoas faz parte de área com alto potencial agrícola

Pesquisa indica boas perspectivas para a cultura do milho na Região territorial denominada de Sealba, termo formado pela junção das siglas dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia

08/09/2022 14h02 - Atualizado em 08/09/2022 14h02
Alagoas faz parte de área com alto potencial agrícola

Dentre as regiões de produção agrícola do Nordeste do Brasil, uma região formada por um conjunto contínuo e interligado de municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Nordeste da Bahia foi identificada por técnicos da Embrapa Tabuleiros Costeiros como sendo de alto potencial agrícola, toda­via ainda pouco explorado. Essa nova organização territorial foi denominada de Sealba, termo formado pela junção das siglas dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia.

Essa região é formada por 171 municípios, sendo 69 municípios localiza­dos em Sergipe, 74 em Alagoas e 28 no nordeste da Bahia. Em termos de área, 33,2% do Sealba se encontram no estado de Sergipe (1.707.815 ha), 36,1% em Alagoas (1.859.438 ha) e 30,7% na Bahia (1.581.688 ha), totalizando 5.148.941 ha (IBGE, 2015).

O principal critério para delimitar essa região agrícola teve como princípio a ocorrência de chuvas em volumes superiores a 450 mm, no período de abril a setembro, em pelo menos 50% da área total no município. Esse volume de precipitação pluvial é suficiente para o cultivo de diversas culturas de grãos, ou seja, o componente de produção de grãos foi identificado como de alto potencial para a expansão agrícola do Sealba.

Pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) indica boas perspectivas para a cultura do milho para a Região Nordeste. Na safra 2021/2022, a produção regional do milho deve alcançar 11 mil toneladas, o que representa crescimento de 25% em relação ao período anterior. Bahia, Maranhão e Piauí encabeçam o ranking de produção do milho na Região, figurando também entre os 10 maiores produtores do grão no País.

Além do aumento da produção, há previsão de expansão de 14% da área de cultivo, conforme dados de agosto desse ano da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A tendência de preços é semelhante à nacional, pela demanda aquecida. “O comércio (nacional e regional) não foi afetado pela pandemia ou pela guerra na Ucrânia, sendo amplamente superavitário e influenciado apenas pela sazonalidade. O elevado grau de profissionalização e de inovação tecnológica na produção empresarial, com modo intensivo, permite produzir a um custo competitivo. Além disso, a capacidade dos produtores, o desenvolvimento de cultivares adaptados à Região e ao clima, o apoio financeiro de instituições como o BNB e as precipitações geralmente regulares, fazem com que o milho se destaque no agronegócio do Nordeste.

O estudo destaca que há duas áreas de expansão agrícola de grãos, principalmente empresarial: o Matopiba (confluência predominante de cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, mais antiga) e o Sealba (confluência de municípios do leste de Sergipe e de Alagoas com o nordeste baiano, mais recente), que colocam Bahia, Maranhão e Piauí como maiores produtores nordestinos e oitavo, nono e décimo nacionais, respectivamente. Deste grupo, o Maranhão teve a maior expansão em área (20,1%) e o Piauí, em produção (32,7%) e produtividade (18,8%).

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