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Aos 22 anos, jovem tem quadrigêmeas de forma natural no Rio de Janeiro

Ester, Sophia, Laura e Giovanna estão na lista dos casos raros de gestações gemelares

Por Redação com sites* 28/09/2022 16h04 - Atualizado em 28/09/2022 16h04
Aos 22 anos, jovem tem quadrigêmeas de forma natural no Rio de Janeiro

A gravidez não planejada pegou de surpresa Alexsandra de Souza da Silva, de 22 anos, logo no início do ano. O susto foi ainda maior, quando ela descobriu que não seria apenas mãe de uma, mas de quatro meninas. O nascimento de Ester, Sophia, Laura e Giovanna no Rio de Janeiro é considerado um caso raro pela equipe médica e acontece um a cada 700 mil e 1 milhão de gestações.

"Fiquei assustada, com medo, chorava muito, mas aos poucos fui aceitando a ideia. Até dois bebês eu achava que seria possível, porque tem gêmeos na família do meu pai, da minha mãe e por parte da família do pai das meninas também. Mas quatro eu não esperava. Foi um susto, fiquei com bastante medo, achei que não iria conseguir dar conta do recado", disse a operadora comercial a Universa.

Para deixar i susto ainda mais, Alexsandra e o namorado estavam juntos há apenas cinco meses e focados nos estudos. Ele estudante de educação física, ela de Recursos Humanos, Contabilidade e trabalhava como operadora comercial em uma grande empresa varejista. O sonho da graduação precisou ser interrompido com a notícia da gravidez e imediatamente, ela foi afastada do trabalho por ser grupo de risco.


"Foram 31 semanas de gravidez. No início eu cheguei a ser internada por desidratação, de tanto que eu vomitava. Nada parava no meu estômago. Essa fase foi muito difícil. Sou asmática, grupo de risco e meu maior medo era de não conseguir aguentar a gestação e passar mal", conta Alexsandra.

Com dois meses de vida, as meninas nasceram no dia 25 de julho, de parto cesárea e não precisaram fazer uso de ventilação mecânica e nem de antibióticos. Elas saíram do suporte com oxigênio até o oitavo dia de vida.

"Elas estão bem e chegaram em casa há duas semanas. Em questão do parto correu tudo bem. Tive pré-eclâmpsia (pressão alta) e cheguei a ficar 24 horas no sofá, porque não podia deitar. Estavam todos bem preocupados comigo. Precisei ser internada duas semanas antes do parto, até que no dia que completei 31 semanas de gestação, a bolsa rompeu", diz Alexsandra.

O casal está separado, mas mora junto. Alexsandra, que morava sozinha, precisou se mudar para a casa da ex-sogra, onde recebe todo apoio do ex, da avó das meninas, das amigas e madrinhas. Ao longo da gestação também recebeu presentes e doações de ONGs e igrejas.

"O pai das meninas é bastante presente, participa, acorda de madrugada. Eu sempre tive apoio desde a primeira consulta, nunca fiquei sozinha. Os médicos ficaram maravilhados com a minha gestação. Ninguém sabe explicar o que houve. Da primeira bebê para a última foram 5 dias de diferença. Eu ovulei quatro vezes", diz a mãe das quadrigêmeas.

Chance é de 1 a cada 700 mil e 1 milhão de gestações

A gestação veio de forma espontânea e sem qualquer tratamento de fertilização, o que seria considerado um caso raro, segundo o médico Paulo Nassar, especialista em Medicina Fetal e Coordenador Médico do Hospital Intermédica de Jacarepaguá, da Notredame Intermédica, onde as gêmeas nasceram.

"A raridade dessa gestação é que você precisa que ocorra quatro ovulações ao mesmo tempo. Isso não é uma coisa trivial. Esse quadro gemelar espontâneo acontece um a cada 700 mil a 1 milhão de gestações. Isso dá para ter uma ideia do que foi o caso da paciente", explica o especialista.

*Uol

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