Economia
Braskem tem nota de crédito rebaixada pela Fitch Ratings devido a riscos ambientais e novas reivindicações
A Braskem, uma das principais empresas petroquímicas do Brasil, enfrenta um revés significativo após a Fitch Ratings, uma das maiores agências de classificação de risco de crédito do mundo, rebaixar sua nota de crédito. A mudança, realizada na última quinta-feira (14), de BBB- para BB+, reflete a avaliação de que o risco da empresa em não cumprir seus compromissos financeiros aumentou.
A agência internacional justificou o rebaixamento citando riscos ambientais e novas reivindicações que impactaram negativamente o fluxo de caixa da Braskem. A exposição contínua da empresa à desaceleração no setor petroquímico é apontada como um fator que contribui para a prolongada negatividade no fluxo de caixa.
Recentemente, a Braskem enfrentou uma série de desafios, incluindo o pedido do Ministério Público Federal para o bloqueio de R$ 1 bilhão por descumprimento de ordem judicial relacionada ao programa de realocação das vítimas no bairro Bom Parto. Além disso, a empresa recebeu uma multa de R$ 72 milhões de uma agência reguladora e pode ter seu acordo com o município de Maceió revisto.
A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar os danos ambientais causados pela Braskem também contribui para a atual crise da empresa.
Enquanto isso, uma equipe da Advocacia Geral da União esteve em Maceió para discutir o caso Braskem, encerrando a agenda com uma reunião com o governador Paulo Dantas na última quinta-feira. A pauta incluiu ações judiciais, acordos com a Braskem e a situação das famílias impactadas. O governador expressou o desejo de incluir mais 3 mil famílias dos bairros prejudicados.
Na próxima semana, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, e o advogado geral da União, Jorge Messias, têm um encontro planejado para discutir a reparação do patrimônio público, os danos socioambientais e o destino das áreas afetadas pela extração do sal-gema.
Em comunicado recente, a Braskem reafirmou que 40 mil pessoas foram realocadas das áreas de risco em Maceió, definidas pela Defesa Civil em 2020. A empresa destacou que 93% das indenizações a famílias e comerciantes foram pagas, totalizando mais de R$ 4 bilhões. O comunicado também informa que o plano de fechamento definitivo dos poços em Maceió, aprovado pela Agência Nacional de Mineração, está 70% concluído.
*agenciabrasil.ebc.com
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