Estudo recente aponta que a Geração Z, indivíduos nascidos entre os anos 1990 e 2010, está mais suscetível a golpes online e ataques cibernéticos, revelando uma realidade preocupante. A especialista em cibersegurança e CEO da itl.tech, Sylvia Bellio, compartilha insights cruciais sobre a necessidade de precauções no ambiente digital.

Segundo Sylvia, os jovens entre 14 e 28 anos enfrentam três vezes mais riscos de crimes cibernéticos, incluindo phishing, roubo de identidade, golpes do romance e cyberbullying. A pesquisa da Deloitte e da Social Catfish destaca que a probabilidade de um jovem da Geração Z cair em golpes online é de 16%, enquanto os baby boomers apresentam apenas 5%.

Os dados revelam que cibercriminosos estão explorando essa vulnerabilidade, levando as perdas de jovens com menos de 20 anos de US$ 8,2 milhões em 2017 para US$ 210 milhões em 2022. Mesmo que a pesquisa tenha foco nos jovens norte-americanos, o Brasil figura como o segundo país mais suscetível ao cibercrime.

Para Sylvia Bellio, a conscientização é crucial. "No momento que nos conectamos à internet, estamos expostos a vários tipos de perigos", alerta. "Portanto, para nos proteger, é preciso conhecer os riscos, como os cibercriminosos atuam e os impactos que podem causar em nossa integridade online".

A especialista destaca que a familiaridade da Geração Z com dispositivos pode levá-los a escolher o mais rápido em detrimento do mais seguro. Ela enfatiza a importância de práticas como a verificação da reputação de lojas online, o uso de senhas fortes e autenticação de dois fatores, além da habilidade em identificar e-mails e sites falsos.

Sylvia também desaconselha promessas de dinheiro fácil, como jogos de azar online, e destaca a importância de ficar atualizado sobre as tendências tecnológicas e os golpes mais recentes. Além disso, ela ressalta a necessidade do letramento digital, especialmente para crianças, como uma ferramenta essencial para combater a desinformação e proteger as gerações presentes e futuras.