O Banco do Nordeste desempenhou um papel crucial no avanço da bananicultura em Alagoas, registrando um crescimento notável de 35% nos financiamentos para essa atividade ao longo de 2023, até o mês de novembro. Os dados revelam que aproximadamente R$ 10 milhões foram alocados para impulsionar o setor. Além dos investimentos financeiros, a instituição também está envolvida em iniciativas de desenvolvimento territorial por meio do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), especialmente na microrregião Serrana dos Quilombos, localizada no leste do estado.

O Prodeter da Bananicultura concentra esforços nos municípios de Branquinha, Santana do Mundaú e União dos Palmares, colaborando com prefeituras, sindicatos de trabalhadores rurais, associações e outras entidades. A capacitação dos produtores é uma das prioridades, com enfoque em tecnologias para fitossanidade vegetal, abordando questões críticas como a Sigatoka Negra, uma praga que afeta as plantações de banana. Além disso, são promovidas práticas de produção agroecológica, manejo biológico, e integração da produção com outras culturas e a mata nativa.

A região beneficiada pelas ações do programa apresentou um crescimento significativo na atividade, sendo responsável por 73% do crédito total do Banco do Nordeste destinado à bananicultura no estado. Santana do Mundaú, em particular, liderou a demanda por financiamentos em 2023, somando mais de R$ 4 milhões até novembro.

Anderson Borba Lessa, agente de desenvolvimento do BNB e responsável pelo Prodeter, ressalta as ações em União dos Palmares, na região conhecida como Vale da Pelada. Nessa área, os produtores estão em processo de certificação para produção orgânica, recebendo consultorias técnicas, como análise de solo, para impulsionar a produção de maneira resistente às pragas. O esforço conjunto visa consolidar o crescimento sustentável da bananicultura na região.