Nesta segunda-feira (15), às 22h, encerra-se um capítulo de quatro décadas nas transações financeiras brasileiras com o fim do Documento de Ordem de Crédito (DOC). Neste horário, os bancos deixarão de oferecer o serviço de emissão e agendamento de DOC, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

O anúncio do encerramento do DOC foi feito pelas instituições bancárias no ano passado, e a data máxima para agendamento foi até 29 de fevereiro deste ano, quando os bancos concluirão o processamento dos pagamentos.

Além do DOC, a Transferência Especial de Crédito (TEC), que permite a empresas pagar benefícios a funcionários, também deixará de ser oferecida às 22h.

Nos últimos anos, tanto o DOC quanto a TEC perderam espaço para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central que não tem custos para pessoas físicas. O DOC, criado em 1985, permitia o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo quitada no dia útil seguinte à ordem. Transações realizadas após esse horário levavam dois dias úteis para serem concluídas.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, as transações por DOC representaram apenas 0,05% do total de operações bancárias, o que totaliza 18,3 milhões no primeiro semestre de 2023. Em comparação, o Pix liderou com 17,6 bilhões de operações, seguido por cartões de débito e crédito, TED, boletos e cheques.

A Transferência Eletrônica Disponível (TED), utilizada principalmente para transferência de grandes valores, continuará em vigor, e vai manter sua relevância no cenário financeiro brasileiro. Criada em 2002, a TED permite o envio de recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia hora para ser concluída.

*Agência Brasil