Economia

Cuidado no Carnaval

Misturar medicamentos e álcool pode ser perigoso

Médica psiquiatra do Hospital Geral do Estado, em Maceió, destaca os riscos da combinação durante o período festivo.

Por Redação 09/02/2024 15h03
Misturar medicamentos e álcool pode ser perigoso
Foto: Beatriz Castro / Ascom HGE

Durante o Carnaval, a festividade marcada pelo aumento no consumo de bebidas alcoólicas, é crucial estar ciente dos perigos da mistura dessas substâncias com medicamentos. A médica psiquiatra Manuela Antunes, do Serviço de Qualidade de Vida do Trabalhador (SQVT) do Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió, destaca a gravidade dessa combinação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool por pessoa é de 6,4 litros, mas o Brasil ultrapassa essa média internacional, atingindo 8 litros por pessoa ao ano. Apesar disso, a interação entre bebidas alcoólicas e diversos tipos de medicamentos é pouco discutida.

A psiquiatra Manuela Antunes enfatiza o perigo dessa combinação, especialmente para aqueles que consomem bebidas alcoólicas de forma excessiva e fazem uso de medicamentos controlados. "Quem faz uso de antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor, anticonvulsivantes, psicoestimulantes e indutores de sono, não devem ser associados a bebidas alcoólicas jamais", alerta Antunes.

Ela destaca que a mistura pode agravar os sintomas psiquiátricos e causar efeitos adversos como falta de memória, alteração na pressão arterial, tonturas, comportamentos inadequados e náuseas. Antunes ressalta a importância de não interromper o tratamento de forma abrupta para consumir álcool, pois os sintomas psiquiátricos podem retornar de maneira intensa.

Para outras categorias de medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, a médica orienta a leitura atenta da bula para esclarecer dúvidas. Antunes destaca que algumas medicações têm restrições ao consumo de álcool, e é fundamental consultar um médico ou farmacêutico antes de combinar álcool com qualquer medicamento. "Álcool e paracetamol, por exemplo, podem aumentar significativamente o risco de hepatite medicamentosa e grave inflamação no fígado. O álcool com insulina pode levar à hipoglicemia, interferindo na ação da insulina no controle da glicose no sangue", adverte a especialista.

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