Economia
Ações da Petrobras reagem após queda e especulações sobre dividendos
Mercado aguarda reunião entre Lula e presidente da Petrobras e conselho indicado pelo governo pode revisar decisão de reter dividendos extraordinários.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) apresentaram uma recuperação na tarde desta segunda-feira (11), após um início de pregão em queda. Às 14h26, os papéis ordinários da petroleira (PETR3) registraram um avanço de 0,11%, cotados a R$ 37,02, enquanto os preferenciais (PETR4) apresentaram uma alta de 1,44%, sendo negociados a R$ 36,64.
Investidores estão atentos à reunião marcada às 15h entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. O encontro visa discutir a distribuição de dividendos da empresa, tema que gerou reações negativas no mercado na última sexta-feira (8), com a notícia de que a Petrobras não repassaria proventos extraordinários aos acionistas. Na ocasião, as ações preferenciais fecharam em queda de 9,14%, a R$ 36,70, enquanto as ordinárias caíram 10,37%, a R$ 36,98.
Segundo informações do Broadcast, o grupo de conselheiros indicado pelo governo na Petrobras pode reconsiderar a decisão de reter 100% dos dividendos extraordinários da estatal, diante da forte reação negativa do mercado financeiro.
As especulações sobre os próximos passos da Petrobras permanecem em destaque, após a queda de mais de R$ 50 bilhões de valor de mercado na última sexta-feira. A decisão de não pagar dividendos extraordinários, avaliados em R$ 43,9 bilhões, foi tomada pelo Conselho de Administração da empresa, formado por onze pessoas, sendo seis indicadas pelo governo.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, esclareceu que a diretoria inicialmente propôs destinar 50% dos dividendos extraordinários para reserva e 50% para pagamento imediato. No entanto, diante da resistência dos representantes do governo, a votação foi inconclusiva. "Essa novela (dos dividendos) continua, não acabou", afirmou Prates.
A reunião visa debater a proposta apresentada pela diretoria de distribuir 50% dos dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2023, uma alternativa que ainda está em discussão. As ações, que amenizaram as perdas na sexta-feira com a sinalização de que o dinheiro retido retornaria aos acionistas, voltaram a cair, gerando preocupações no mercado.
O Goldman Sachs reiterou a recomendação de compra para os papéis da Petrobras, destacando que o risco de intervenção governamental na empresa cresceu. Apesar de algumas casas rebaixarem a recomendação, o banco avalia que o preço das ações já reflete parte desse risco.
O BTG Pactual manteve a recomendação de compra, mas ressaltou que a convicção na estatal está sendo testada. A administração da Petrobras garantiu que os recursos retidos serão destinados exclusivamente à remuneração aos acionistas, mas investidores buscam maior clareza sobre os próximos passos da empresa.
Diante das incertezas, analistas da XP Política indicam que uma possível mudança estatutária não está em discussão. A hipótese de alteração na destinação dos dividendos traria riscos, incluindo judicialização, e não há orientação do governo para tal. O mercado aguarda maior visibilidade sobre a racionalidade na alocação de capital da Petrobras no futuro.
*E-investidor e Infomoney
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