Em uma reviravolta no cenário corporativo da Vale, José Luciano Duarte Penido, conselheiro independente da mineradora desde 2019, apresenta uma carta-renúncia ao presidente do Conselho de Administração, revelando uma trama de manipulação no processo de sucessão da empresa.

Denúncias de Manipulação e Influência Política

Na carta, Penido expressa preocupação com a condução obscura do processo de sucessão, afirmando que este tem sido "conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política". Alega ainda que não confia mais na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da Vale.

Atuação Ineficaz e Desagradável

Diante do contexto descrito, o conselheiro independente declara que sua atuação se torna "totalmente ineficaz, desagradável e frustrante". Esta revelação lança luz sobre as disputas internas que envolvem acionistas e a gestão da Vale.

Silêncio da Vale e Contexto Governamental

Procurada pelo Antagonista, a Vale, por meio da Assessoria de Imprensa, optou por não comentar as alegações de Penido. A renúncia ocorre em um momento delicado para a mineradora, que enfrenta uma investida do governo, evidenciada quando o Planalto tentou nomear o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO, substituindo Eduardo Bartolomeu.

Prorrogação de Mandato e Negociações em Andamento

A decisão do conselho de administração de estender o mandato de Bartolomeu de maio para dezembro deste ano gerou a renúncia de Penido. A movimentação também ampliou o prazo para negociar uma solução que satisfaça acionistas e governo. Nesse contexto, a Vale está envolvida em um processo de contratação de uma empresa especializada para a seleção de candidatos ao posto de CEO, buscando uma saída que concilie os interesses das partes envolvidas.

*Terra Brasil Notícias