O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março reflete uma desaceleração significativa em relação ao mês anterior, registrando 0,36% ante os 0,78% de fevereiro. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que alimentos e gasolina foram os principais fatores de pressão sobre o índice, com impactos em diversos grupos de produtos e serviços.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o IPCA-15 de março de 2024 (0,36%) também fica abaixo do registrado em março de 2023 (0,69%). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresenta uma variação de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados no mesmo período anterior.

O grupo de alimentos e bebidas apresentou uma alta expressiva de 0,91%, contribuindo com 0,19 ponto percentual para o índice geral. Itens como cebola, ovos, frutas e leite foram os principais impulsionadores dessa alta, enquanto batata, cenoura e óleo de soja registraram quedas significativas.

Já o grupo de transportes teve uma aceleração de 0,43%, principalmente devido ao aumento de 2,39% no preço da gasolina. Com um peso considerável na cesta de consumo dos brasileiros, a gasolina foi responsável pelo maior impacto individual na prévia inflacionária de março, representando 0,12 ponto percentual do índice.

Outros destaques incluem o recuo de 9,08% nas passagens aéreas, que contribuiu para segurar a inflação, e a elevação dos preços em áreas como saúde e cuidados pessoais e habitação.

O levantamento abrange 11 localidades, com Belém apresentando a maior elevação, 0,74%, impulsionada principalmente pelos aumentos nos preços da gasolina e do açaí. O resultado final da inflação oficial de março (IPCA) será divulgado no dia 10 de abril, consolidando os dados apurados pelo IBGE.