Economia

Dívida Pública

Com aumento 2,25% em fevereiro dívida federal chega a R$ 6,6 tri

Aumento da Dívida Federal reflete estratégias do Tesouro em meio à volatilidade econômica.

Por Redação com Agência Brasil 28/03/2024 17h05
Com aumento 2,25% em fevereiro dívida federal chega a R$ 6,6 tri
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou um aumento expressivo em fevereiro, atingindo a marca de R$ 6,595 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Esse incremento de 2,25% em relação ao mês anterior reflete uma série de fatores, incluindo o baixo volume de vencimentos e as estratégias de emissões adotadas pelo governo.

Desde abril do ano passado, quando a DPF ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 6 trilhões, o indicador tem apresentado uma trajetória ascendente. No entanto, mesmo com o aumento observado em fevereiro, a DPF permanece abaixo das projeções estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê encerrar 2024 com um estoque entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

Um dos destaques desse crescimento é a Dívida Pública Mobiliária (DPMFi) interna, que apresentou uma elevação de 2,32%, alcançando R$ 6,319 trilhões. Essa alta foi impulsionada principalmente pela emissão líquida de títulos, que totalizou R$ 90,75 bilhões a mais do que os resgates, e pela apropriação de juros no valor de R$ 52,37 bilhões.

Além disso, o Tesouro Nacional observou um aumento nas emissões de títulos da DPMFi em fevereiro, totalizando R$ 126 bilhões, porém, esse volume representa o menor valor desde novembro do ano passado. Isso ocorreu em conjunto com um baixo volume de vencimentos, que totalizaram apenas R$ 35,25 bilhões, em contraste com os R$ 311,12 bilhões registrados em janeiro.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também apresentou um acréscimo de 0,84%, atingindo R$ 276,14 bilhões em fevereiro, impulsionada pela valorização do dólar.

Outro aspecto relevante é o colchão da dívida pública, que voltou a subir em fevereiro, alcançando R$ 885 bilhões. Essa reserva financeira, utilizada em momentos de turbulência ou concentração de vencimentos, cobre aproximadamente 6,52 meses de compromissos da dívida pública.

Diante das mudanças na composição da dívida, com um aumento na proporção de títulos prefixados e uma redução nos vinculados à inflação, e do cenário de expectativa de queda na Taxa Selic, os desafios para o gerenciamento da dívida pública continuam em pauta.

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