Economia
Governo Lula acumula resultado negativo de R$ 256,3 bilhões
Dívida acumulada em 12 meses equivale a 2,26% do PIB.
As contas públicas fecharam o mês de agosto com déficit primário de R$ 21,425 bilhões, resultado do saldo negativo do setor público consolidado, que inclui União, estados, municípios e estatais. Embora ainda negativo, o valor é menor do que o registrado em agosto de 2023, quando o déficit foi de R$ 22,830 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30).
O déficit primário é o resultado das despesas menos as receitas, sem considerar os pagamentos de juros da dívida pública. Segundo o Banco Central, nos primeiros oito meses de 2024, o déficit do setor público consolidado chegou a R$ 86,222 bilhões. Já no acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em agosto, o resultado negativo foi de R$ 256,337 bilhões, o que representa 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em comparação, no mesmo período do ano anterior, as contas públicas fecharam o ano de 2023 com déficit primário de R$ 249,124 bilhões, equivalente a 2,29% do PIB.
Resultados regionais e empresariais
Os números de agosto mostram que o déficit das contas públicas foi influenciado principalmente pelo Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que registrou resultado negativo de R$ 22,329 bilhões, uma melhora em relação ao déficit de R$ 26,182 bilhões no mesmo mês de 2023.
Por outro lado, os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 3,386 bilhões em agosto, quase o dobro dos R$ 1,831 bilhão registrados no ano passado. Em contrapartida, os governos municipais tiveram déficit de R$ 2,951 bilhões, revertendo o superávit de R$ 654 milhões no mesmo período de 2023.
Ainda assim, os governos regionais como um todo (estaduais e municipais) fecharam agosto com superávit de R$ 435 milhões, bem abaixo dos R$ 2,485 bilhões alcançados no mesmo mês do ano anterior.
Já as empresas estatais, excluindo Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit de R$ 469 milhões em agosto, resultado inferior ao superávit de R$ 866 milhões em 2023.
Gastos com juros e impacto dos swaps
As despesas com juros da dívida pública somaram R$ 68,955 bilhões em agosto deste ano, uma redução em relação aos R$ 83,731 bilhões registrados no mesmo mês de 2023. Esse resultado foi influenciado pelas operações de swap cambial realizadas pelo Banco Central, que geraram ganhos de R$ 1,7 bilhão em agosto de 2024, contra perdas de R$ 10,5 bilhões no ano anterior.
O déficit nominal – que inclui o resultado primário e os gastos com juros – também apresentou melhora. Em agosto, o déficit nominal ficou em R$ 90,381 bilhões, abaixo dos R$ 106,561 bilhões registrados no mesmo mês de 2023.
Dívida pública segue em alta
A dívida líquida do setor público, que reflete o balanço entre créditos e débitos dos governos, atingiu R$ 7,026 trilhões em agosto, representando 62% do PIB, um aumento em relação ao percentual de 61,8% registrado em julho.
Já a dívida bruta do governo geral, que considera apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, somou R$ 8,898 trilhões, ou 78,5% do PIB, também superior ao valor de julho (R$ 8,826 trilhões, ou 78,4% do PIB). Esse indicador é utilizado como referência em comparações internacionais e observado de perto por investidores e agências de classificação de risco.
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