Geral
Funcionária alega ser vítima de manipulação em exames de HIV
Jaqueline Bacellar, presa após erros em laudos de exames, afirma que laboratório forjou documentos e utilizou seu nome indevidamente.
A defesa de Jaqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária do laboratório PCS Lab Saleme, divulgou uma nota nesta quarta-feira (16), alegando que a profissional teria sido vítima de uma armação promovida pelo próprio laboratório. Jaqueline é acusada de assinar laudos errados de exames de HIV, o que resultou na infecção de seis pacientes transplantados no estado do Rio de Janeiro. A defesa sustenta que "o laboratório manipulou e forjou mensagens, documentos e laudos", envolvendo a profissional injustamente.
Jaqueline, que estava foragida, foi presa na terça-feira (15) e prestou depoimento à polícia. Ela nega as acusações de falsificação e afirma que nunca entregou nenhum documento que a qualificasse como biomédica. "Jamais assinou qualquer laudo de análise de amostras, até porque, não tem competência para isso", disse a defesa, que também esclareceu que Jaqueline possui registro válido no Conselho Federal de Farmácia (CRF 5125/RJ). A acusada afirma que entregou pessoalmente os documentos originais durante a admissão.
O caso ganhou repercussão após dois doadores terem sido erroneamente diagnosticados como negativos para HIV, quando na verdade eram positivos. Esses erros resultaram na infecção de seis receptores de órgãos, todos transplantados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O laboratório PCS, responsável pelas análises dos exames, foi imediatamente interditado pela Vigilância Sanitária local, com apoio técnico da Anvisa, após a confirmação das infecções. Novos testes estão sendo realizados no Hemorio.
Segundo a nota do laboratório, Jaqueline teria apresentado "documentação inidônea", incluindo um diploma de biomédica e uma carteira profissional com habilitação em patologia, levando a empresa a crer que ela possuía qualificações para assinar os laudos. No entanto, a defesa da acusada contesta essa versão, afirmando que "a mensagem de texto que contém o diploma de biomédica é absolutamente falsa".
O caso é considerado grave e "inadmissível" pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pelo Ministério da Saúde. Ambos os órgãos estão acompanhando de perto as investigações. A sede do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, foi interditada, e uma auditoria está sendo realizada para examinar os contratos e a atuação do laboratório no programa de transplantes.
Com as investigações em andamento, a defesa de Jaqueline se mantém confiante. "Assim como os pacientes, Jaqueline é vítima do laboratório que manipulou e forjou mensagens", afirma a nota dos advogados, que esperam que a verdade venha à tona com a continuidade do processo policial.
Receba notícias do Em Tempo Notícias no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar a nossa comunidade:
https://chat.whatsapp.com/K8GQKWpW3KDKK8i88MtzsuComentários
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Em tempo Notícias ou de seus colaboradores.
últimas
-
Enem dos Concursos
CNU: notas de candidatos reintegrados estão disponíveis
-
Despejo irregular de esgoto
Polícia Civil indicia hotel em Maceió e funcionários por crime ambiental
-
Previsão do tempo
Semarh emite alerta para pancadas de chuvas e rajadas de vento em Alagoas
-
Tribunal de Justiça vai leiloar veículos e imóveis; saiba data e como participar
-
Gente famosa
Após se assumir de direita, Jojo Todynho supera "cancelamento" e atinge 30 milhões de seguidores