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Fórmula 1

Touchdown Ferrari! Leclerc voa, é pole e lidera dobradinha com Sainz

Equipe italiana confirma domínio e relega carros da Red Bull para a segunda fila do GP de Miami

08/05/2022 08h08 - Atualizado em 08/05/2022 08h08
Touchdown Ferrari! Leclerc voa, é pole e lidera dobradinha com Sainz
Charles Leclerc é um dos favoritos ao título - Foto: Divulgação

É fato que a Fórmula 1 vive o fim de semana mais americano de sua história neste GP de Miami. O Miami International Autodrome, circuito de rua montado ao redor do Hard Rock Stadium, estádio do Miami Dolphins, da NFL, está cheio de referências à cidade e aos Estados Unidos, com direito à praia artificial e até mesmo à polêmica marina fake que tanta polêmica já rendeu nas mídias sociais. 

E nada melhor que ver a Ferrari na frente em um evento como esses: afinal, o país da América do Norte é o maior consumidor dos carros italianos no mundo: só em 2021 foram 3 mil vendidos lá. E a classificação que definiu o grid de largada da corrida fez a festa dos tifosi estadunidenses: Charles Leclerc marcou a 12ª pole da carreira e liderou a dobradinha da equipe, com Carlos Sainz em segundo. Um touchdown para a Ferrari.

Foi uma classificação que, mais uma vez, foi marcada pelo duelo entre Ferrari e Red Bull. Inclusive, Max Verstappen marcou um temporal em sua primeira tentativa no Q3: foi o primeiro a baixar da casa de 1m29s com 1m28s991. Parecia imbatível. Pois é, parecia. Na última saída, já com o cronômetro zerado, Leclerc tirou uma volta mágica da cartola. 

Superou atual campeão

Com 1m28s796, colocou 0s198 sobre o atual campeão mundial. E trouxe a reboque o companheiro Sainz, que assegurou a segunda posição do grid por apenas cinco milésimos. Quase nada, mas que relegou os carros da equipe austríaca para a segunda fila: Verstappen foi o terceiro e Sergio Pérez o quarto. Os quatro primeiros, aliás, ficaram separados por apenas 0s240. Quase nada. Prenúncio de uma corrida equilibrada hoje.

Circuito de rua é sempre circuito de rua. Por isso, a largada será essencial para as expectativas de Ferrari e Red Bull neste domingo em Miami. O Miami International Autodrome tem pontos de ultrapassagem, claro, mas tem também uma característica comum a pistas urbanas: muita sujeira fora do traçado ideal. Ou seja: mesmo com a asa móvel acionada, os pilotos precisarão calcular muito bem o momento de uma manobra. 

Uma escolha desastrada pode emporcalhar os pneus e atrapalhar o ritmo de corrida e a estratégia. Com a primeira fila dominada, a Ferrari leva uma boa vantagem na largada. Por estarem do lado limpo, Leclerc e Verstappen têm tudo para pular bem. A questão é ver o quanto Sainz vai conseguir defender a segunda posição logo no início da corrida.

Daí para baixo, muito equilíbrio. Após quase não andar na sexta-feira, quando bateu ainda no primeiro treino livre, Valtteri Bottas conseguiu uma excelente quinta posição com o carro da Alfa Romeo. O finlandês, aliás, largará ao lado de um ex-companheiro de equipe: com a Mercedes, Lewis Hamilton marcou o sexto tempo. 

O inglês, aliás, ficou seis posições à frente do compatriota George Russell, eliminado ainda no Q2 com a 12ª posição do grid. Ficou claro, mais uma vez, que a equipe alemã está investindo em caminhos diferentes de acerto em seus dois carros. Depois de algumas corridas na frente, Russell desta vez acabou não se dando tão bem com os quiques ocasionados pelo Efeito Golfinho. O carro de Hamilton, por sua vez, parecia bem mais estável que o do companheiro.

Melhores duplas de pilotos

Em suma: uma lição para aqueles que adoram enterrar heptacampeões e endeusar bons jovens mediante comparações esdrúxulas de rendimento. A Mercedes tem uma das melhores duplas de pilotos do ano: o problema mesmo é o carro, que ainda sofre demais com os quiques. Pelo menos o motor alemão já deu mostras de que não é aquela porcaria que foi cantada por muita gente no início da temporada. 

É só ver a melhora de desempenho de McLaren, que terá Lando Norris na oitava posição do grid de Miami, e da Aston Martin, com Lance Stroll em décimo. Isso sem falar na confiabilidade: a equipe Mercedes é a única que ainda não trocou componentes nas unidades de potência de seus dois carros. Isto pode render bons frutos mais para a parte final do campeonato.

A corrida deste domingo deve ser mais um capítulo do duelo deste ano entre Ferrari e Red Bull. Mas o Miami International Autodrome é uma pista traiçoeira, com trechos apertados e que não costuma perdoar erros. Um segundo de desatenção e o muro pode ser o destino do piloto. Ou seja, poderemos ter surpresas, principalmente em termos estratégicos, com carros de segurança entrando em momentos complicados ou até mesmo com o acionamento de bandeiras vermelhas. As duas equipes terão de lidar com todas estas incógnitas durante a prova. Ou seja: o primeiro GP de Miami da história da Fórmula 1 promete muito.

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