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Indústria brasileira pede adiamento de tarifas dos EUA e estima perda de 110 mil empregos
Diante da decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou, na noite desta segunda-feira (14), uma reunião virtual de emergência com os presidentes das federações estaduais das indústrias. O encontro teve como principal pauta a avaliação dos impactos econômicos e sociais da medida e a busca por alternativas diplomáticas.
A reunião contou com a participação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, que ouviu as preocupações do setor produtivo.
Durante o encontro, os representantes da indústria brasileira defenderam o adiamento mínimo de 90 dias na aplicação das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump. A postergação é considerada essencial para que o país possa avaliar os efeitos da medida, preservar empregos e negociar soluções com o governo norte-americano.
Uma estimativa preliminar apresentada durante a reunião indica que, caso as tarifas entrem em vigor no formato atual, o Brasil poderá perder pelo menos 110 mil postos de trabalho, além de sofrer impactos diretos no PIB e na competitividade da indústria nacional.
“Precisamos de tempo para dimensionar o impacto real dessas tarifas e, sobretudo, encontrar caminhos diplomáticos e institucionais para impedir perdas ainda maiores”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI. Apesar do tom crítico em relação à medida norte-americana, os participantes reforçaram a necessidade de prudência e diálogo técnico, preservando os canais institucionais com os Estados Unidos e buscando soluções cooperativas para evitar o agravamento das tensões comerciais.
A secretária Tatiana Prazeres afirmou que o governo está atento aos desdobramentos e garantiu que os argumentos e propostas do setor produtivo serão encaminhados à cúpula do governo federal, que já iniciou conversas com empresas e autoridades norte-americanas.
As novas tarifas estão previstas para entrar em vigor no dia 1º de agosto. O governo brasileiro, por meio do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas, avalia ações diplomáticas e comerciais, com base na Lei de Reciprocidade Econômica, já regulamentada nesta terça-feira.
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