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Minas Gerais

Cuidadoras são indiciadas por desviar R$ 2 milhões e abandonar idoso que morreu em hospital público

Polícia investiga estelionato, maus-tratos com resultado morte e associação criminosa em Juiz de Fora (MG)

Por Redação com agências 01/09/2025 12h12
Cuidadoras são indiciadas por desviar R$ 2 milhões e abandonar idoso que morreu em hospital público

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou quatro cuidadoras de idosos acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões de um auditor fiscal aposentado, de 62 anos, que faleceu em junho deste ano em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Segundo as investigações, a vítima morreu após anos de maus-tratos e abandono, mesmo tendo uma aposentadoria mensal de R$ 30 mil líquidos.

De acordo com o delegado Rodolfo Rolli, responsável pelo caso, as mulheres, que se conheciam e atuavam juntas, passaram a trabalhar com o idoso e, ao longo de quatro anos, se aproveitaram do seu estado de saúde debilitado para realizar movimentações financeiras e saques indevidos. Estima-se que, somando todas as operações, o grupo tenha desviado R$ 2 milhões.

Apesar da alta renda, a vítima chegou ao ponto de não conseguir pagar seu próprio plano de saúde. Quando precisou de atendimento, foi internado em um hospital público da cidade, onde faleceu por infecção generalizada, agravada por negligência e abandono.

Abandono e insalubridade


A investigação foi iniciada após sobrinhas do aposentado denunciarem a situação à Delegacia Especializada de Atendimento à Pessoa Idosa. A perícia realizada no apartamento do idoso constatou condições insalubres.

“Havia um forte odor de fezes e urina, além de um sofá em estado de decomposição”, relatou o delegado Rolli. As suspeitas foram indiciadas pelos crimes de estelionato, associação criminosa e maus-tratos com resultado em morte.

A PCMG solicitou a prisão preventiva das quatro cuidadoras, bem como o sequestro e bloqueio dos bens das investigadas. Até o momento, elas permanecem em liberdade, aguardando a decisão judicial. Se condenadas podem cumprir até 30 anos de prisão

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