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Médico brasileiro perde visto dos EUA após comentário sobre assassinato de Charles Kirk

Publicação considerada ofensiva gerou reação do governo americano; profissional foi demitido e é alvo de sindicância do Conselho de Medicina de Pernambuco

Por Redação com agências 15/09/2025 12h12
Médico brasileiro perde visto dos EUA após comentário sobre assassinato de Charles Kirk

O médico brasileiro Ricardo Jorge Vasconcelos Barbosa teve seu visto para os Estados Unidos cancelado após uma publicação nas redes sociais em que fez um comentário considerado elogioso ao assassinato do ativista conservador Charles Kirk. A decisão foi anunciada no sábado (13) pelo vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau.

A postagem, que viralizou nas redes, dizia: “um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical”, em referência ao local do tiro que matou Kirk, de 31 anos, durante um evento na Universidade de Utah Valley. O ativista, que era casado e pai de dois filhos, foi baleado no pescoço em plena luz do dia.

O caso repercutiu intensamente. Além do cancelamento do visto, o médico foi desligado de uma clínica particular em que atuava e passou a ser investigado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), que abriu uma sindicância para apurar o episódio e eventuais violações éticas.

Diante da repercussão negativa, Ricardo Barbosa divulgou neste domingo (14) uma nota pedindo desculpas à família da vítima. Ele afirmou que a publicação foi retirada de contexto e modificada por terceiros. “Trata-se de uma colocação infeliz, fora de contexto e divulgada por pessoas alheias ao meu círculo. Peço desculpas à família enlutada e registro que montagens e sobreposições de imagens distorceram o conteúdo original”, declarou.

O médico também relatou que sua família tem recebido ameaças desde a divulgação do caso. “Temos prints de tudo. Todas as pessoas serão denunciadas”, disse ele, mencionando que as ameaças se estenderam à sua esposa e irmãos.

O suspeito de cometer o assassinato, identificado como Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido pela polícia. O FBI informou que junto com a arma utilizada no crime foram encontrados estojos de munição com frases provocativas e de cunho político, como: “Ei, fascista! PEGUE!”, além de referências à canção antifascista italiana Bella Ciao.

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