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CPMI ouve nesta quinta-feira o “Careca do INSS”, acusado de articular esquema bilionário de fraudes em aposentadorias
Antônio Carlos Camilo Antunes está preso desde o dia 12 e é apontado como principal operador de rede que desviou até R$ 6,3 bilhões do INSS
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve nesta quinta-feira (25) o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Apontado como um dos principais articuladores do esquema, Antunes está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde 12 de setembro e deve ser ouvido a partir das 9h.
Antunes havia sido convocado para comparecer à comissão na última terça-feira (23), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que autorizou sua presença de forma facultativa. No entanto, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), optou por remarcar a oitiva para esta quinta-feira, alegando necessidade de tempo para preparo dos parlamentares.
O depoimento ocorre após a comissão aprovar a convocação de familiares e sócios do acusado, como sua esposa, filho e colaboradores diretos. A decisão de Antunes de prestar esclarecimentos veio após a convocação dessas pessoas.
Fraude bilionária
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o "Careca do INSS" atuava como lobista e facilitador dentro de um esquema de corrupção que desviou bilhões dos cofres da Previdência Social. Entre 2019 e 2024, os prejuízos estimados somam cerca de R$ 6,3 bilhões.
O grupo fraudava descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas por meio de associações fantasmas ou com cadastros realizados sem consentimento. Segundo a PF, Antunes teria transferido R$ 9,3 milhões para pessoas ligadas a servidores do INSS apenas entre 2023 e 2024.
A movimentação financeira do operador também chama atenção. Em apenas 129 dias, foram identificadas transações que somam R$ 12 milhões, valor considerado incompatível com sua renda declarada. Parte desse dinheiro foi usado para aquisição de veículos de luxo e transferências suspeitas.
Desistência anterior
Na semana passada, Antunes chegou a confirmar que compareceria ao depoimento, mas sua defesa recuou horas antes da audiência. O advogado havia afirmado à imprensa que o cliente não permaneceria em silêncio e usaria o espaço da CPMI para se defender. No entanto, a ausência levou à convocação de seus familiares e à retomada da exigência de sua oitiva.
Durante sessão na última segunda-feira (22), o presidente da comissão ironizou a situação:
"Certeza na vida a gente só tem com a morte. Mas houve uma boa conversa com o advogado. Eu tomei a decisão de transferir a vinda dele para quinta-feira para que todos possam se preparar", disse o senador Carlos Viana.
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