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Mudanças na habilitação

Lula autoriza avanço de proposta que elimina obrigatoriedade de autoescola para CNH

Consulta pública vai definir formato da flexibilização no processo de habilitação

Por Redação com agências 02/10/2025 09h09
Lula autoriza avanço de proposta que elimina obrigatoriedade de autoescola para CNH

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o Ministério dos Transportes a seguir com uma proposta que pode acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida será debatida por meio de uma consulta pública que começa em 2 de outubro e terá duração de 30 dias.

A proposta visa permitir que o processo de habilitação seja mais flexível, dando ao cidadão o direito de escolher como se preparar para os exames exigidos pelos Detrans. Se aprovada, a medida possibilitará que os candidatos sejam instruídos por profissionais autônomos credenciados, sem a necessidade de frequentar um centro de formação de condutores. As provas teórica e prática continuarão obrigatórias, mas o caminho até elas poderá ser mais acessível.

Entre os principais argumentos para a mudança está a redução de custos, que pode chegar a até 80% no processo de emissão da CNH. A obrigatoriedade das autoescolas é considerada um dos fatores que impedem milhões de brasileiros de obter a habilitação. O governo avalia que a flexibilização pode beneficiar especialmente jovens de baixa renda, moradores de áreas rurais e trabalhadores informais, que hoje enfrentam dificuldades para arcar com os altos custos.

A princípio, a medida será voltada para as categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio), com possibilidade de ampliação futura. O governo também pretende regulamentar a atuação dos instrutores independentes, que deverão ser certificados e supervisionados para garantir a qualidade do ensino.

A decisão de levar o tema adiante já provoca reações. Representantes de autoescolas e centros de formação de condutores afirmam que a proposta ameaça a sobrevivência do setor e pode comprometer a segurança no trânsito. Já o Ministério dos Transportes argumenta que o atual modelo é excludente e precisa ser modernizado, sem abrir mão da responsabilidade e da capacitação dos motoristas.

Apesar da autorização presidencial, a medida ainda precisa passar por etapas técnicas e jurídicas. A consulta pública servirá para colher opiniões da sociedade civil, especialistas e entidades ligadas ao setor de transporte e segurança viária. O texto final, caso siga adiante, será submetido à análise jurídica antes da implementação.

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