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Informação revelada no Fantástico

Botão de pânico já foi acionado três vezes por vítima de Kel Ferreti desde sua saída da prisão

Por Redação 06/10/2025 14h02
Botão de pânico já foi acionado três vezes por vítima de Kel Ferreti desde sua saída da prisão

Desde que o influenciador digital Kel Ferreti deixou a prisão para cumprir pena em regime semiaberto, o botão de pânico usado por sua vítima de estupro foi acionado três vezes em um intervalo de 60 dias. A informação foi revelada pelo programa Fantástico, da TV Globo. Os advogados da mulher afirmam que o estado emocional dela está "muito abalado" desde a progressão de regime concedida ao condenado em agosto.

Condenado inicialmente a dez anos de prisão por estupro e ao pagamento de R$ 50 mil por danos psicológicos, Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido nas redes sociais como Kel Ferreti, teve a pena reduzida para sete anos após decisão da Justiça de Alagoas. Ele agora cumpre pena em regime semiaberto, o que lhe permite circular em locais públicos, como festas e bares, e continuar utilizando redes sociais, desde que mantenha distância da vítima.

Para garantir essa distância, a mulher carrega um botão de pânico fornecido pelo sistema de proteção a vítimas de violência. O dispositivo pode ser acionado sempre que o agressor se aproxima ou representa algum tipo de ameaça. Segundo os advogados Marcelo Melo e André Sampaio, a vítima, uma enfermeira, vive sob constante medo e enfrenta também dificuldades financeiras após ter sido lesada em esquemas ligados a Ferreti.

O estupro ocorreu em 16 de junho de 2024, em uma pousada localizada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió. No processo, a vítima relata ter sido violentada com socos, tapas e estrangulamento, e afirma que mesmo tentando se desvencilhar, o agressor não interrompeu a violência.

Além da condenação por estupro, Kel Ferreti é investigado por liderar uma organização criminosa envolvida em golpes financeiros aplicados por meio de jogos online, como o chamado “jogo do tigrinho”. O Ministério Público aponta que ele manipulava rifas, divulgava links de apostas ilegais e utilizava "laranjas" para esconder patrimônio. Em áudios divulgados pelo Fantástico, o influenciador admite que os sorteios eram armados para evitar a entrega dos prêmios e que os ganhos vinham da perda dos apostadores.

"Esse bilhete aqui vale R$ 10 mil, sendo que a gente reserva o bilhete. Aí o povo fica comprando enlouquecidamente pra achar o bilhete. A gente não dá esse prêmio", afirma Kel em um dos áudios. Em outra gravação, ele reconhece que o esquema é ilegal: "Rifa é ilegal mesmo. Por isso que eu evito botar o nome 'rifa', eu falo: 'ação'. [...] Eu vou ganhar nos cadastros, na perda e na galera que eu botar dentro".

Na operação que apura os crimes financeiros, o Ministério Público identificou o uso de veículos de luxo registrados em nome de terceiros, mas exibidos como se fossem de Ferreti. O MP pediu o bloqueio de mais de R$ 21 milhões, além da apreensão de dez carros de alto padrão.

Enquanto as investigações continuam, a vítima do estupro lida com as consequências psicológicas e econômicas. Os advogados afirmam que ela ainda tenta reconstruir sua vida e se manter em segurança, apesar das limitações impostas pelo trauma e pelo receio constante de um novo contato com o agressor.




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