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Bloqueio de contas

Alagoano investigado por chefiar esquema bilionário na mineração tinha apenas R$ 20 mil na conta

Por Redação 10/11/2025 13h01
Alagoano investigado por chefiar esquema bilionário na mineração tinha apenas R$ 20 mil na conta

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 1,5 bilhão dos investigados pela Operação Rejeito, que apura um esquema de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais e na Agência Nacional de Mineração (ANM). No entanto, apenas R$ 27 milhões — cerca de 1,8% do valor — foram localizados nas contas dos suspeitos.

Entre eles está o alagoano Alan Cavalcante, apontado como o líder do grupo criminoso. Apesar de as investigações indicarem que ele teria movimentado mais de R$ 225 milhões entre dezembro de 2019 e dezembro de 2024, a Justiça encontrou apenas R$ 20 mil em suas contas bancárias.

Os bloqueios foram executados logo após a deflagração da operação, em 17 de setembro deste ano. Mesmo assim, os bancos informaram que as contas pessoais e empresariais ligadas aos investigados tinham valores muito inferiores ao montante estimado do esquema. Dez empresas suspeitas estavam com saldo zerado e, segundo a Polícia Federal, eram apenas fachadas usadas para lavar o dinheiro desviado.

Alan Cavalcante é natural de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, e atualmente mora em Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, onde leva uma vida de luxo. Ele é dono de uma mansão de três andares em um condomínio fechado e ficou conhecido por promover festas que duram semanas, com pool parties, passeios de catamarã e atrações musicais de renome. No réveillon de 2023, por exemplo, a comemoração reuniu cerca de 500 convidados e contou com show de Raí Saia Rodada, cujo cachê pode chegar a R$ 400 mil.

Antes de se envolver com o setor de mineração, Alan levava uma rotina comum. Até 2010, ele vivia em Arapiraca, onde participava de corridas de motocross e organizava pequenas festas no quintal de casa. Já trabalhou como professor de matemática em Teotônio Vilela e também atuou na área de telecomunicações.

As investigações indicam que o esquema de corrupção teria movimentado cerca de R$ 1,5 bilhão e gerado projetos com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões. A Polícia Federal segue apurando o destino dos valores desviados e a real extensão da atuação do grupo liderado pelo empresário alagoano.




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