Turismo
Ministérios discutem a utilização de estruturas das obras do Rio São Francisco
A maior obra de infraestrutura hídrica do país, a transposição do Rio São Francisco, pode abrir caminho para ampliar o desenvolvimento econômico da Região Nordeste também por meio do turismo. No começo desta semana, os ministros do Turismo, Gilson Machado Neto, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, discutiram ações para promoção do setor no entorno dos mais de 700 km de extensão do projeto de transposição.
“Estamos discutindo a possibilidade de abrir novos perímetros irrigados, novas cidades como Petrolina, Sertânia e Irecê, por exemplo, que podem se replicar em outras regiões de Pernambuco, do Nordeste. Temos a oportunidade de agregar valor por meio do turismo, que também gera emprego e desenvolvimento”, defendeu o ministro Gilson Machado Neto.
Para isso, a proposta é realizar um estudo a fim de identificar reservatórios e balneários que possam ter vocação turística e, paralelamente, iniciar proposta para alterar a legislação atual, que não permite usos múltiplos dos reservatórios, segundo o ministro Rogério Marinho. “Havia uma determinação da Agência Nacional das Águas de uma utilização restrita e, chegou o momento de nós nos debruçarmos sobre o projeto, para vermos de que forma essa ação pode ser apropriada pelas populações que moram no perímetro desses eixos, que foram edificados e concluídos na gestão do presidente Bolsonaro”, explica.
“Então, desde a questão da utilização do lazer, do turismo recreativo, como vimos na barragem do Jati, no Ceará, até a possibilidade de estabelecermos novos perímetros irrigados que vão gerar emprego, renda e oportunidade”, complementa o ministro do Desenvolvimento Regional.
Também participaram da reunião o presidente da Embratur, Carlos Brito, e representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, como o diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano, Soares Junior, e a secretária de Fomento e Parcerias com o Setor Privado, Veronica Sánchez.
TRANSPOSIÇÃO - As obras de transposição do Rio São Francisco tiveram início ainda em 2008, mas só em 2021 as águas do Velho Chico saíram de Pernambuco, estado doador do Eixo Norte, e chegaram ao Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte – este último em 2022. Em três anos, foram investidos mais de R$ 3,49 bilhões, correspondendo a 25% de tudo o que foi investido desde o início das obras (R$ 14,5 bilhões).
As estruturas construídas captam água do Rio São Francisco, no interior de Pernambuco, e abastecem adutoras e ramais que vão perenizar rios e açudes da Região Nordeste. O resultado é cerca de 16,5 milhões de pessoas impactadas em cerca de 600 municípios com as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco em diversas frentes, como abastecimento, desenvolvimento, irrigação e emprego.
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