Alagoas

Alerta

Alagoas tem aumento de 264% em casos de dengue; média nacional foi de 95%

Dados são relativos aos quatro primeiros meses deste ano comparados com igual período de 2021

Por Luciano Milano 22/04/2022 15h03 - Atualizado em 23/04/2022 08h08
Alagoas tem aumento de 264% em casos de dengue; média nacional foi de 95%

Alagoas teve crescimento de 264% no número de casos de dengue e 473% nos registros de zika vírus nesses primeiros quatros meses do ano, comparando-se com o mesmo período de 2021. No ano passado, foram registrados 143 casos de dengue, contra 521 já confirmados agora em 2022. Apesar dos números, não houve registro de óbitos pela doença. No caso do zika vírus, foram oito notificados em 2021 contra 43 neste começo de ano. Chikungunya também cresceu: 40,9% no estado.


Os dados sobre dengue em Alagoas são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/MS (SINAN /MS), fornecidos ao Em Tempo Notícias pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).


Os números locais corroboram o levantamento em nível nacional que apontam para um crescimento de 95% em todo Brasil dos casos de dengue, de acordo com o Boletim Epidemiológico do MS. Segundo o boletim, 400 mil casos foram registrados até agora o país.


De acordo com o supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, o aumento de casos de arboviroses no primeiro trimestre deste ano mostra que a população deve reforçar os cuidados para evitar a proliferação do vetor da dengue, zika e chikungunya.


“Estamos em um período propício para a proliferação do Aedes aegypti, com momentos intercalados de chuva e sol. Por isso, é necessário que, em nossas residências, façamos o dever de casa, evitando manter expostos recipientes com água limpa e parada, limpando quintais, calhas e caixas d´água e descartando garrafas de plástico ou qualquer recipiente que possa acumular água, pois são criadouros preferencias do mosquito”, salientou.


Paulo Protásio reforçou, ainda, que a Sesau, por meio da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, vem cumprindo seu papel institucional de prestar assistência técnica aos 102 municípios.


“Ressaltamos que o trabalho de campo, de busca ativa dos focos do Aedes aegypti, é realizado pelos agentes de endemias municipais, que recebem nossas orientações técnicas de como proceder, sempre que as Secretarias Municipais de Saúde nos solicitam capacitações. Entretanto, se cada cidadão não tomar consciência de cuidar do seu ambiente doméstico, nenhuma ação dos agentes de endemias irá surtir efeito e, desse modo, as arboviroses, além de levarem à internação, podem desencadear óbitos e graves sequelas”, alertou o supervisor de endemias da Sesau.


A reportagem também solicitou os dados para a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS). Por meio de nota, a pasta também confirmou o aumento de casos na capital. Segundo a secretaria, Boletim Epidemiológico da SMS dá conta de 116% no aumento de casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado: 182 confirmados neste ano contra 100 casos em 2021; já sobre zika vírus, Maceió soma 8 registros confirmados, contra 6 no ano passado; por fim, a chikungunya somou 17 registros em 2022, e 10 em 2021.


Confira nota da SMS


Os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde continuam trabalhando nas áreas classificadas como médio e alto risco de transmissão de arboviroses. A SMS atende denúncias sobre potenciais criadouros do Aedes aegypti pelo Disque Dengue (3312-5495) e promove orientações à população, corrigindo situações que favoreçam a proliferação do mosquito transmissor.

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