Alagoas

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Golpe do 'falso emprego' chega a Alagoas

Desemprego e desespero facilitam o acesso dos criminosos virtuais

Por Luciano Milano 18/06/2022 09h09 - Atualizado em 18/06/2022 14h02
Golpe do 'falso emprego' chega a Alagoas

'Falso emprego'. Essa é a mais nova modalidade de crimes cibernéticos que chega a Alagoas. Um link com suposta oportunidade de trabalho. Depois que a vítima o acessa, os criminosos começam a propor facilidades como trabalhar pouco e ganhar bem. 70% desse tipo de crime no Brasil é feito por bandidos já de dentro dos presídios.

Mas, como por trás da proposta, há um crime, logo os falsários começam a pedir dinheiro, alegando que a quantia vai dar ao interessado privilégios em uma espécie de cadastro que, obviamente, não existe.

Até a vítima se dar conta, ela pode ter perdido quantias significativas. Recentemente, uma vítima de Arapiraca caiu no golpe e perdeu quase R$ 5 mil, como explica o delegado titular de Crimes Cibernético do estado, Sidney Tenório.

Delegado Sidney Tenório



"Os meios mais utilizados para os crimes virtuais ainda são as redes sociais WhatsApp e Instagram. Fizemos uma ocorrência há poucos dias em que uma vítima de Arapiraca foi alvo. Esse tipo de crime do 'falso emprego' é relativamente novo por aqui, mas já faz parte dos estelionatos virtuais", declarou o delegado.

Segundo a autoridade policial, 90% das ocorrências de estelionato no estado é por via eletrônica e a Delegacia de Crimes Cibernéticos registra cerca de 100 ocorrências desse tipo por dia.


"Ainda sobre o crime do 'falso emprego', depois que a vítima clica no link enviado, ela é direcionada para uma terceira pessoa, que passa a efetuar, de forma direta, a fraude, a roubar o cidadão. Infelizmente, ainda há muita desatenção e, no momento atual, o desemprego tem feito as pessoas irem atrás desse tipo de manobra criminosa", afirmou Sidney Tenório.



O delegado orienta que, no caso de se receber esse tipo de link oferecendo oportunidiade de emprego, seja lá qual ela for, evitar a tentação de cair na suposta facilidade, sobretudo em momento de desespero.

"Importante lembrar que não será por um link de internet que as empresas vão oferecer emprego. Por isso, apesar de entender a dificuldade que passa quem está desempregado, é necessário raciocinar e não agir pelo impulso. Não acessem esses links", explicou Tenório.

E o melhor mesmo é seguir o conselho do delegado. Porque, apesar de ter a força policial e tecnologias à disposição das investigações, com os criminosos identificados e presos, a eventual quantia levadas pelos golpes cibernéticos, dificilmente será reavida.

"Em geral, o dinheiro, nesses casos, já foi. Até porque é difícil se saber qual o valor, se encontrado, e de quem é. Por isso, é bom ficar atento para não ser lesado", diz Sidney Tenório.

'Falso sequestro' e promoção

Outros crimes bastante conhecidos no mundo virtual são os do 'falso sequestro' e de 'promoções', estes, em geral, no Instagram. No primeiro, os bandidos de posse de dados da vítima, liga para dizer que sequestrou um parente e pede valor para o resgate.
O outro, no Instagram, também se utiliza de link, em geral oferecendo uma promoção. Quando o dono do perfil naquela rede social o acessa, logo perde o controle da conta, e os bandidos passam a oferecer, por exemplo, itens como eletrodoméaticos, celulares e computarea para uma espécie de rifa.

Com a facilidade e rapidez de transferência bancária com o PIX, logo o bandido recebe valores pelos bens, que na verdade não existem

"Nesse caso, seguidores, amigos, pessoas próximas, acabam se interessando pelo produto que, em geral, é oferecido por valor bem abaixo do real. No caso do 'falso sequestro', a orientação é não entrar em desespero, procurar ligar para o filho, esposo, esposa, mãe e confirmar se está tudo bem e não sair transferindo dinheiro", finalizou o delegado.

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