Alagoas
Desalojados, moradores bloqueiam a Fernandes Lima
Vítimas das chuvas, eles reinvindicam inclusão em programas socias em Macieó como aluguel social
Texto atualizado às 9h51 para posicionamento da Prefeitura de Maceió
Um grupo de moradores do bairro Bom Parto, desalojados pelas chuvas do último fim de semana em Maceió, bloqueou trecho da Fernandes Lima, nos dois sentidos, Centro e Tabuleiro do Martins, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (6). Eles cobram da Prefeitura de Maceió inclusão do nome deles em cadastros que possam garantir, entre outras coisas, aluguel social e formas de poderem sobreviver.
Ao Em Tempo Notícias, a diarista Thayse Tayane Félix da Costa, 37 anos, afirmou que eles são em torno de mil pessoas que perderam tudo dentro de cada e estão sem ter até como comer. Os moradores residem em ruas como a Sebastião Cambuci, no Bom Parto, às margens da linha do trem na localidade.
"Não queremos briga nem confusão com ninguém. Mas passamos quase quatro dias sem ter o que comer. Viemos almoçar ontem e essa situação não pode continuar. Como a sociedade só enxerga pobre quando a gente toma atitudes como essa, resolver fechar a Fernandes Lima com tijolos para chamar a atenção. E só vamos sair daqui quando alguma providência for tomada.
Enquanto o Em Tempo Notícias conversava, por telefone, com Thayse, o Gerenciamento de Crise da Polícia Militar negociava com os moradores o desbloqueio da vida.
A reportagem do Em Tempo Notícias procurou a Prefeitura de Maceió para posicionamento sobre o assunto. Assim que houver uma resposta, o texto será atualizado.
Nota Prefeitura de Maceió
Desde sábado (02), as equipes do Centro de Acolhimento e Triagem (CAT) da Defesa Civil estão atendendo a população do Bom Parto, em que 340 pessoas foram levadas para o CAT e estão recebendo toda assistência social e em saúde do Município. Os moradores que precisarem de abrigamento, podem acionar a Defesa Civil pelo 199 ou 156.
A Secretaria de Assistência Social de Maceió reforça que atenderá todas as pessoas desalojadas e desabrigadas por conta das chuvas. Aqueles que se enquadrem nos requisitos receberão o aluguel social, no valor de R$ 250, e o auxílio emergencial, no valor de R$ 500 por até seis meses. O cadastro já começou a ser feito, inicialmente pelas pessoas que estão em abrigos. A Prefeitura segue trabalhando 24 horas por dia para atender a todos o mais rápido possível, e estima que os valores comecem a ser pagos nos próximos dias.
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