Alagoas
Conselho Tutelar diz ver “marcas de tortura” em criança internada no HGE
Casal de São Miguel dos Campos alegou queda para justificar lesões
*Atualizada às 18h02
Na madrugada de domingo (17), uma menina de cinco anos deu entrada no HGE com várias lesões pelo corpo. De acordo com boletim médico, a menor A. S. H. S. , de 5 anos, continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e seu quadro de saúde permanece grave. A menina chegou no hospital com ferimentos que indicam ter sido causados por agressões.
Inicialmente, ela havia sido levada para a UPA de São Miguel dos Campos pelo pai e madrasta, que foram presos suspeitos de terem espancado a menina. "Eles falaram que foi uma queda no banheiro e que depois disso ela vomitou três vezes. Falaram que ela escorregou e caiu para alegar os ferimentos, mas a menina já chegou mal na UPA", disse o conselheiro tutelar Jean Carlos.
A Polícia Civil de Alagoas deve ouvir, nesta segunda-feira, 18, outros familiares da criança de cinco. O Conselho Tutelar do município confirmou ainda que vai procurar o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) para aplicação de medida protetiva à criança. Esta foi a primeira denúncia de violência recebida contra o casal.
No domingo (17), o Ministério Público de Alagoas pediu a prisão preventiva do pai e da madrasta suspeitos de espancar a criança. A prisão foi requerida pelo promotor de Justiça Adriano Jorge. O caso fica agora com o promotor de Justiça natural, Arlen Brito, da 3ª Promotoria de Justiça criminal de São Miguel dos Campos.
"Foi a primeira situação envolvendo essa família. Nós fomos informados pela UPA de São Miguel e estivemos na unidade ainda na noite de sábado. Lá, já encontramos policiais militares e ficamos sabendo que uma criança havia dado entrada com marcas de agressão. Ela já estava inconsciente e precisou ser intubada. A criança chegou convulsionando, com essas marcas de violência, de tortura, na verdade. E o próprio casal levou a menina para a UPA", continuou Jean Carlos.
Neste momento, a criança está sob responsabilidade de uma tia paterna. Quando se recuperar, a vítima passará por exame de corpo de delito no IML e depois será levada para acolhimento em abrigo ou em residência de família que esteja em condições de atendê-la.
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