No primeiro dia de 2023, o Corpo de Bombeiros de Alagoas registrou 21 afogamentos, entre eles, o de três crianças em Maragogi; duas não resistiram, e a terceira foi internada em estado grave. Na última sexta-feira (13), o número de incidentes na água chegou a 37. A tendência é que esse dado aumente, já que o tipo de ocorrência é comum durante o verão, quando as férias e a alta temporada faz crescer o fluxo de turistas e de banhistas nas cidades litorâneas e ribeirinhas do Estado.

É nas praias do Francês e Mirante da Sereia que são registrados o maior número de ocorrências. Mas o Rio São Francisco também faz muitas vítimas. Na região da cidade de Piranhas, por exemplo, cinco afogamentos ocorreram no mesmo período.

Ao ligar para 193 e solicitar socorro, o local do incidente deve ser informando com precisão

“Prevenir é salvar sempre. Por isso procurar saber qual o melhor local para banho com a equipe de guarda-vidas é fundamental para que ele seja seguro. Não se deve subestimar sua natação. Também não se deve consumir álcool enquanto está em praias, pois isso pode diminuir a percepção do risco, além da capacidade de reação”, alerta o sargento do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Bruno Perciano.

Uma das alternativas para prevenir acidentes no mar é prestar atenção às placas fixas e móveis que alertam para riscos presentes. Elas avisam, por exemplo, sobre correntes de retorno ou valas (local de maior correnteza, que aparenta uma falsa calmaria que leva para o alto mar).

MORTE EM CISTERNA - Mas há casos que acontecem sem precisar sair de casa. No dia 12 de janeiro, uma criança de 7 anos morreu afogada dentro de uma cisterna. O caso ocorreu na cidade de Inhapi, no Sertão de Alagoas. De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, a mãe da criança havia saído de casa e deixou a criança sob os cuidados de familiares. Quando retornou, a mulher se deparou com o filho dentro do poço.

Caso encontre alguém se afogando, a ação mais correta é ligar para 193 solicitando socorro e informando com precisão local do incidente. “Ofereça um material flutuante, mas não se coloque em situação de risco. Caso não saiba nadar, é importante pedir que a vítima mantenha calma e a cabeça fora d’água”, concluiu o sargento Perciano.