Alagoas
Deputados cobram informações sobre denúncias de erros médicos em cirurgias plásticas
Após a sessão plenária desta quarta-feira, 19, comissões da Assembleia Legislativa de Alagoas decidiram encaminhar ofícios a autoridades para obter informações sobre as denúncias de supostos erros médicos em procedimentos estéticos feitas pela mídia. As denúncias envolvem um médico acusado de negligência em mais de 20 casos.
Pelo menos 21 mulheres denunciaram supostos erros médicos e negligência por parte de um cirurgião plástico, segundo informações divulgadas pela mídia.
Após a sessão, deputados das comissões de Saúde e Seguridade Social, da Criança, Adolescente, Família e Direito da Mulher, de Direitos Humanos e Segurança Pública, além da Procuradoria e Frente Parlamentar da Mulher, decidiram solicitar a autoridades para obter mais informações sobre os casos.
Já a deputada Gabi Gonçalves disse que ficou estarrecida com os relatos das vítimas. “Tenho certeza de que a voz que se levantou não tem apenas o objetivo de denunciar, mas de alertar para que novos casos não venham a ocorrer”, observou. A deputada Rose Davino se solidarizou com as possíveis vítimas de erro médico e se colocou à disposição da Comissão de Saúde para uma reunião com o objetivo de debater o assunto.
O deputado Doutor Wanderley lamentou o fato, classificando-o como estarrecedor, mas pediu cautela. “Precisamos ter muita prudência, cobrar do Conselho Regional de Medicina a outra apuração e o inquérito; essas pessoas têm que prestar queixa e seguir o rito da lei”, disse. Na sequência, o deputado Cabo Bebeto disse que esse é um tema muito sensível e observou que ainda não houve a confecção de nenhum boletim de ocorrência ou queixa formal por parte das supostas vítimas e sugeriu uma nova perícia por parte de um profissional da área.
RESPOSTA
O médico Felipe Mendonça enviou nesta terça-feira, 18, uma nota de esclarecimento para se defender da suspeita de supostos erros em cirurgias de estética.
Na nota, ele diz que não há comprovações legais dos supostos erros médicos, como laudos periciais, e também garante desconhecer a denúncia feita pela Associação AME. Segundo o cirurgião, complicações prós-cirúrgicas não implicam automaticamente em responsabilidade do profissional.
"Inicialmente, é importante esclarecer que, até hoje, não era de meu conhecimento a denúncia da Associação AME. Ressalto que não há nenhum tipo de laudo pericial ou qualquer evidência que corrobore com a alegação de suposto erro médico de minha parte. Tampouco condenação judicial ou ética. Complicações pós-cirúrgicas há anos são descritas pela literatura médica e previstas em Termo de Consentimento. Sua existência não implica automaticamente na responsabilidade do profissional médico, podendo decorrer por diversos fatores alheios ao ato médico", diz o médico na nota.
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