A Delegacia Especializada de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Civil realizou um resgate emocionante no dia 18 de maio, ao salvar uma cadela que supostamente vinha sendo vítima de maus tratos em Maceió. Os tutores foram intimados a prestar esclarecimentos na Delegacia.

Após uma denúncia nas redes sociais sobre abuso ou doença em uma cadela, os policiais civis iniciaram uma investigação minuciosa, que os levou até a residência onde o animal se encontrava.

"A princípio, não sabíamos se era uma cadela errante ou se possuía um tutor. Acreditava-se que se tratava de um animal de rua. Durante as diligências, obtivemos informações que nos levaram à residência dos tutores do animal. Para nossa surpresa, a cadela estava na casa, acuada e com as partes íntimas expostas, apresentando uma lesão de grande proporção. Trata-se de um animal de pequeno porte, com claros sinais de sofrimento", declarou Mithyan Pereira, chefe de operações da DECCCMA.

Durante as investigações, constatou-se que houve negligência por parte deles. Permitiram que a cadela fugisse de casa várias vezes, ficando fora por longos períodos, sem adotar os cuidados necessários para garantir a segurança e a saúde do animal.

Ainda no local do resgate, a cadela recebeu um atendimento prévio, e foram levantadas hipóteses de tumor venéreo transmissível (TVT), laceração e prolapso vaginal, sem descartar a possibilidade de abuso. No entanto, tais hipóteses só poderiam ser confirmadas após os resultados dos exames.

Devido a essa necessidade de diagnóstico preciso, a equipe policial conduziu a cadela, no mesmo dia, até o Grupo de Pesquisa e Extensão em Equídeos e Saúde Integrativa (GRUPEQUI) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Viçosa-AL. Lá, foram realizadas coletas para exames laboratoriais, e foi constatado inicialmente que a cadela era portadora de TVT.

Atualmente, a cadela permanece internada no GRUPEQUI, recebendo tratamento intensivo e os cuidados necessários para sua recuperação.

As autoridades responsáveis estão empenhadas em tomar as medidas cabíveis contra os tutores, garantindo que eles sejam responsabilizados pelos maus tratos infligidos à cadela.