Alagoas
Agreste Saneamento produz documentário que resgata história de quilombo em Alagoas
Filme fala sobre personagens e luta pelos direitos dos quilombolas
Resgatando a rica história e cotidiano do vilarejo localizado em Traipu, no interior de Alagoas, o documentário “Mumbaça” tem como personagens as lideranças e figuras icônicas do quilombo. A produção é da Agreste Saneamento, operação do grupo Iguá, da Filmes de Bananola e do Núcleo do Audiovisual de Arapiraca, que realizou oficinas de cinema com cerca de 20 jovens locais - aulas que deram origem ao roteiro do filme, gravado no início de 2023.
Além de apoiar a produção do documentário, a Iguá conduziu obras de reparo da praça, onde ocorre em janeiro a Festa do Nosso Senhor dos Pobres, padroeiro do vilarejo. A fonte existente nessa praça, reza a lenda, é milagrosa. O local recebe, todos os anos, milhares de romeiros, que chegam de carro, a pé, a cavalo.
“Nós, da Iguá, valorizamos a cultura e a história das comunidades onde estamos localizados ou vizinhas, o que se insere dentro das práticas de sustentabilidade da empresa, que têm como um de seus nortes a aproximação ainda maior da empresa com as comunidades, contribuindo para o desenvolvimento local”, diz Angela Lins, diretora geral da Agreste Saneamento.
O filme foi exibido no último dia 22 de agosto, às 19h, na praça da Igreja Nosso Senhor dos Pobres, local histórico para a comunidade. Cerca de 300 pessoas participaram do evento, dentre as quais estavam representantes do Ministério Público Federal, da Associação Clube de Jovens Senhor dos Pobres do Desenvolvimento Quilombola do Quilombo Mumbaça, da Prefeitura Municipal de Traipu, da Defesa Civil, além de personagens que participaram das filmagens.
Para o líder comunitário do quilombo, Manuel Oliveira, o Bié, o filme é um “documento histórico” - registro desse processo de autoafirmação e da conquista de direitos.
“Para a gente, o filme é de grande importância. Uma história que vai ser apresentada aos mais jovens e aos mais velhos. Futuramente, outras gerações poderão saber como a gente chegou aqui, o que a gente passou, o que a gente sofreu, o que a gente vive”, afirma Bié.
A obra ficará guardada com os quilombolas, que poderão exibi-lo em eventos próprios ou de instituições como a Fundação Palmares e universidades.
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