Alagoas

Alerta Pediátrico

Repelentes caseiros podem causar complicações em crianças

Pediatra do Hospital da Criança de Alagoas destaca riscos e orienta sobre escolha segura de repelentes.

Por Redação 02/03/2024 08h08
Repelentes caseiros podem causar complicações em crianças
Foto: Tv Mar e Carla Cleto / Ascom Sesau

O uso de repelentes caseiros, como os feitos com cravo da índia, óleo de eucalipto e citronela, pode acarretar complicações para crianças e adolescentes, alerta a pediatra Suzanna Matos, que atua no Hospital da Criança de Alagoas (HCA). A especialista enfatiza a importância de seguir orientações médicas ao adquirir repelentes, garantindo que sejam aprovados pelos órgãos de controle, e destaca a necessidade de verificar a composição do produto para garantir a segurança dos mais jovens.

Suzanna Matos esclarece que o uso de repelentes naturais deve ser evitado em crianças, pois elas podem desenvolver reações alérgicas ou dermatite de contato. "Quanto aos repelentes caseiros, não temos uma relação dose, efeito e segurança. Por exemplo, não sabemos em que frequência podemos reaplicar para que o efeito seja efetivo e evite que o mosquito pique e essa criança pegue dengue", explica.

A médica destaca a indicação geral de repelentes com icaridina ou IR3535 para crianças, sendo o DEET, embora eficaz, não permitido em menores de dois anos, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do uso de repelentes, Suzanna Matos ressalta a importância de outros cuidados para evitar o contato com o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue.

"A gente tem que ter em mente que o Aedes aegypti está dentro de casa. Então, vamos pensar a forma que a gente pode espantar esse mosquito, tomando cuidado com água parada, usando meios de barreira como telas, roupas longas e leves", alerta a pediatra do HCA.

A orientação é clara: bebês com menos de dois meses não devem utilizar nenhum tipo de repelente. Suzanna Matos destaca que, nesse caso, a manutenção de outros cuidados, como o uso de mosquiteiros, é fundamental. A atenção aos detalhes na escolha dos produtos e a implementação de medidas preventivas são essenciais para proteger as crianças contra possíveis complicações relacionadas ao contato com insetos transmissores de doenças.

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