Alagoas
Alagoas Lidera em analfabetismo no Brasil apesar de avanços na educação
Censo 2022 revela progressos e desafios na alfabetização alagoana.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17) apontam que, apesar dos avanços na educação, Alagoas ainda lidera o ranking nacional de analfabetismo. Entre o Censo 2010 e o Censo 2022, a proporção de alagoanos com 15 anos ou mais considerados alfabetizados subiu de 75,7% para 82,3%, o maior avanço percentual entre as unidades da federação. No entanto, o estado ainda possui a menor taxa de alfabetização do país.
Em Santa Catarina, estado com maior índice de alfabetização do Brasil, apenas 2,66% da população de 15 anos ou mais não sabe ler e escrever, enquanto em Alagoas esse percentual chega a 17,66%.
Os percentuais de analfabetismo aumentam com a idade. Alagoanos de 65 anos ou mais representam a maior parcela dos não-alfabetizados – 45,59% dessa faixa etária é considerada analfabeta, mais do que o dobro da média nacional de 20,3%. Em contrapartida, a população de 15 a 19 anos tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 3% dos jovens alagoanos nessa faixa etária sem saber ler ou escrever, revelando uma melhora histórica no cenário de alfabetização do estado. As taxas de analfabetismo começam a se elevar significativamente a partir dos 35 anos, com 14,28% analfabetos entre aqueles de 35 a 44 anos.
No total, existem mais de 426 mil pessoas não-alfabetizadas em Alagoas. A população preta apresenta a maior taxa de analfabetismo (23,5%), enquanto amarelos (87,6%) e brancos (85,5%) são os mais alfabetizados. As mulheres têm uma maior taxa de alfabetização do que os homens, com 83,6% contra 80,9%.
Avanço Histórico
Em 1991, a taxa de analfabetismo em Alagoas era de 45,3%, segundo dados do Censo. A média nacional naquela época era de 20%. Em 2000, a taxa de analfabetismo em Alagoas caiu para 33,4%, e no Censo 2010, para 24,3%. O Censo 2022 registrou uma taxa de analfabetismo de 17,7% em Alagoas, enquanto a média nacional foi de 7%.
A tendência geral é de queda na proporção de pessoas que não sabem ler e escrever, a cada novo recenseamento, devido ao aumento dos índices de alfabetização. No entanto, as regiões Norte e Nordeste ainda apresentam as maiores taxas de analfabetismo no país.
População Indígena
A taxa de alfabetização da população indígena em Alagoas é de 78,54%, com as mulheres indígenas apresentando um percentual de 80%. Apesar de ter 21,46% de indígenas analfabetos, Alagoas possui indicadores melhores do que estados como Rio Grande do Norte (21,5%), Piauí (22,38%), Acre (24%) e Maranhão (27,44%). A média nacional de indígenas não-alfabetizados é de 15%.
Critérios de Analfabetismo
O IBGE considera analfabeta a pessoa que nunca aprendeu a ler ou escrever ou que sabe apenas assinar o próprio nome, mas não consegue fazer a escrita ou leitura de um bilhete simples ou uma lista de compras. Também é considerada analfabeta a pessoa que aprendeu a ler e escrever, mas esqueceu essas habilidades devido a um processo de alfabetização precário.
Acesso aos Dados
Os dados do Censo 2022 podem ser acessados no Sistema IBGE de Recuperação Automática e no panorama do Censo 2022.
*TNH1
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