Uma operação de resgate foi deflagrada nesta quarta-feira (25) para a retirada do ônibus que despencou de uma ribanceira de aproximadamente 400 metros na Serra da Barriga, localizada no município de União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas. A tragédia ocorreu no dia 24 de novembro do ano passado e deixou 20 mortos e dezenas de feridos, configurando um dos acidentes mais graves já registrados no estado.

A ação está sendo coordenada por uma empresa especializada em resgate de veículos de grande porte e conta com o suporte técnico do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. O início das atividades foi programado para as 8h, mas há possibilidade de atraso em função das chuvas que atingem a região, o que pode comprometer a segurança da operação.

De acordo com o inquérito policial finalizado em março deste ano, a principal hipótese apontada para o acidente foi uma falha mecânica no sistema de frenagem do ônibus, que perdeu o controle durante o trajeto em uma das curvas mais íngremes da serra. Apesar da apuração técnica e do relatório detalhado sobre a dinâmica do acidente, o inquérito foi encerrado sem o indiciamento de responsáveis.

O veículo, que transportava 48 passageiros no momento do acidente, caiu em uma encosta de difícil acesso, o que dificultou não apenas o resgate das vítimas à época, como também a posterior remoção dos destroços. Vinte pessoas perderam a vida no local ou em decorrência dos ferimentos, e muitos dos sobreviventes sofreram lesões graves, algumas com sequelas permanentes.

A Serra da Barriga é conhecida por sua importância histórica e turística, mas também apresenta riscos logísticos e estruturais devido à combinação de relevo acidentado, curvas fechadas e ausência de acostamento em alguns trechos. O local onde ocorreu o acidente tem histórico de ocorrências viárias, o que reforça a necessidade de revisões periódicas na sinalização, estrutura viária e controle de tráfego de veículos pesados.

Com a remoção do ônibus, encerram-se os procedimentos operacionais pendentes relacionados ao acidente. As autoridades devem agora focar na análise das conclusões técnicas para subsidiar possíveis medidas de prevenção em rotas de alto risco no estado.