O número de prisões realizadas pela Polícia Militar de Alagoas aumentou 18% entre janeiro e setembro de 2025, alcançando 6.234 capturas, 953 a mais que no mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 5.281. Segundo a corporação, o crescimento está ligado ao fortalecimento das ações de patrulhamento e à resposta mais rápida aos crimes, sobretudo os relacionados à violência contra a mulher.

Um caso ocorrido em 11 de setembro, em Arapiraca, ilustra esse cenário: a Patrulha Maria da Penha do 3º Batalhão prendeu um homem de 26 anos que perseguia e ameaçava a ex-companheira, de 24 anos, mesmo após decisão judicial que determinava seu afastamento. O suspeito foi abordado em frente à residência da vítima, portando duas facas, e autuado em flagrante na Central de Polícia.

De acordo com levantamento da Seção de Estatística e Ciência Aplicada da PM-AL, as prisões ligadas à violência contra a mulher mantêm tendência de alta e lideram o ranking de capturas: foram 938 em 2024 e 1.324 em 2025. Em seguida, aparecem tráfico de drogas (744 para 920), cumprimento de mandados judiciais (551 para 703) e embriaguez ao volante (299 para 311).

Entre os crimes mais recorrentes nos últimos dois anos, estão ameaça (50,9%), violência doméstica (41,1%) e furto (29%). O aumento foi registrado mês a mês, com maior incidência em agosto (44,2%), junho (32,4%) e julho (21,4%), períodos marcados por maior circulação de pessoas.

O relatório também aponta que as prisões cresceram em todos os dias da semana, com destaque para as quintas-feiras (31%) e sextas-feiras (25%). À noite, o número de capturas foi o mais expressivo, somando 407 registros adicionais em 2025.

O comandante-geral da PM-AL, coronel Paulo Amorim, atribui o desempenho ao policiamento ostensivo e permanente nas ruas. “Intensificamos abordagens e operações em todas as regiões do estado. Essa presença constante tem impacto direto na repressão aos crimes”, afirmou.