Alagoas

Grupo mais afetado

Jovens lideram casos de Aids em Alagoas em 2025, aponta Ministério da Saúde

Faixa etária de 20 a 34 anos concentra maior número de registros; estado contabiliza 300 diagnósticos e 137 mortes pela doença neste ano

Por Assessoria 02/12/2025 12h12 - Atualizado em 02/12/2025 12h12
Jovens lideram casos de Aids em Alagoas em 2025, aponta Ministério da Saúde

Mesmo com as estratégias de prevenção oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os jovens continuam sendo o grupo mais afetado pela Aids em Alagoas. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (1º), em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, mostram que, dos 300 casos registrados no estado em 2025, 115 ocorreram entre pessoas de 20 a 34 anos, faixa que lidera o ranking estadual.

Em segundo lugar aparecem os adultos de 35 a 49 anos, com 105 casos. A faixa etária de 50 a 64 anos ocupa a terceira posição, somando 53 registros. Em seguida vêm pessoas entre 65 e 79 anos, com 15 casos, e adolescentes de 15 a 19 anos, com sete infecções confirmadas. Já o grupo com 80 anos ou mais contabilizou dois casos neste ano.

Os dados também revelam ocorrências entre crianças pequenas. As faixas etárias de menor de 1 ano, 1 a 4 anos e 5 a 9 anos registraram um caso cada em 2025. Entre jovens de 10 a 14 anos, não houve notificações, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Para o infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Renee Oliveira, o cenário reflete um “relaxo” nas medidas de prevenção, especialmente entre os mais jovens. Ele destaca que, embora não tenha cura, a Aids é uma doença totalmente evitável com o uso correto do preservativo e com o não compartilhamento de objetos perfurocortantes, como seringas. “Há formas comprovadamente eficazes para prevenir a Aids, e as pessoas, principalmente os jovens, devem ficar atentas”, reforçou. Segundo ele, 137 mortes pela doença foram registradas em Alagoas neste ano.

Entre as principais estratégias disponíveis no SUS para evitar a infecção estão a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que funcionam como métodos complementares ao uso de preservativos. A PrEP consiste na ingestão diária de medicamentos antirretrovirais por pessoas sem HIV, mas que têm maior risco de exposição ao vírus. O tratamento prepara o organismo para bloquear uma possível infecção.

Em Alagoas, a PrEP está disponível em Maceió no PAM Salgadinho, no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do Hospital Escola Helvio Auto (HEHA) e na Clínica da Família do Jacintinho. No interior, o método é ofertado nos SAEs de Arapiraca, União dos Palmares e Palmeira dos Índios.

A PEP, por sua vez, é indicada para situações emergenciais, como violência sexual, relação sexual sem proteção, acidentes com materiais perfurocortantes ou contato com material biológico. O tratamento precisa ser iniciado o mais rápido possível após a exposição e consiste no uso de antirretrovirais por 28 dias consecutivos.

A medicação da PEP é disponibilizada, em Maceió, nas UPAs do Trapiche, Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins; no HEHA; no Hospital Geral do Estado (HGE) e no Hospital da Mulher. No interior, o tratamento está acessível em unidades como o Hospital de Emergência do Agreste, Hospital Ib Gatto Falcão, Hospital Clodolfo Rodrigues, Hospital Regional do Norte, além das UPAs de Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Viçosa.

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