Atividade física e a durabilidade da toxina botulínica
Médica especialista em dermatologia explica como exercícios físicos podem afetar a durabilidade da toxina botulínica
Hoje em dia, muitas pessoas que praticam exercícios físicos unem essa prática com a realização de procedimentos estéticos e a junção dessas duas ações, com certeza fazem muita diferença no dia a dia de uma pessoa. Mas você sabia que essa prática também pode diminuir a durabilidade do efeito da toxina botulínica?
Se você é adepto a atividade física, com certeza já se deparou com diversas pessoas fazendo caretas enquanto treinam. Isso ocorre pois quanto mais intensa é a ação realizada, maior será a tensão do rosto, fazendo com que haja diversas contrações na musculatura dessa região.
Segundo Flávia Villela, médica especialista em dermatologia e medicina estética, essas contrações podem acabar afetando a durabilidade da toxina botulínica, aplicada em determinadas regiões no rosto.
“Quem faz a aplicação dessa toxina, geralmente busca diminuir rugas e linhas de expressão, então a durabilidade dela pode ser alterada devido a intensidade do treino de uma pessoa, já que ela pode esboçar muitas ‘caras feias’ por um determinado período”, explica a médica.
É comum que a substância seja aplicada entre as sobrancelhas, na testa e ao redor dos olhos, atuando diretamente no músculo para descontração do local, através da paralisação. “Quando injetamos a toxina, o músculo paralisa e evita rugas. Uma carga muito pesada durante o treino, estimula a movimentação do ,rosto e consequentemente, estica a pele dessa área”, diz Flávia Villela.
É POSSÍVEL EVITAR QUE O EXERCÍCIO DIMINUA O EFEITO DA TOXINA?
Com certeza essa é uma pergunta que muitas pessoas fazem após descobrir que a atividade física interfere no tempo do resultado da toxina botulínica, mas será que é possível evitar essa degradação do produto?
Segundo Flávia Villela, se você é uma pessoa que prática exercícios regularmente, infelizmente não é possível evitar que a toxina dure menos, mas isso não deve ser considerado um problema e muito menos motivo para não se exercitar.
“A toxina vai durar menos em quem prática exercício físico de forma constante, isso é fato! Além de estimular as contrações dos músculos da face, quem faz atividade física, geralmente possui um metabolismo mais acelerado, outro fator que pode prejudicar a durabilidade do procedimento, mas isso não significa que uma pessoa não deva treinar ou correr”, reforça a médica.
NÃO É APENAS O EXERCÍCIO QUE PREJUDICA A DURABILIDADE
Se você ficou preocupado com a durabilidade da aplicação da toxina com a prática de exercícios físicos, fique calmo. Medicamentos que atuam na parte neuro motora do corpo também podem diminuir a eficiência do produto.
“Geralmente antibióticos e relaxantes musculares também alteram a durabilidade do procedimento. A verdade é que a aplicação da toxina não é eterna e ações do nosso dia a dia podem acabar influenciando”, diz Flávia Villela.
É importante que uma pessoa que faz uso da toxina saiba que o resultado é imediato, mas não eterno. A aplicação da substância deve ser feita em um intervalo de quatro a seis meses, dependendo da recomendação do médico especialista.
“Quando falamos sobre a diminuição da durabilidade em quem pratica algum exercício, muitas pessoas se assustam e pensam em desistir [de ambas as ações], mas eu gosto de deixar claro que as atividades físicas fazem muito bem para a saúde e são aliadas da estética. Como eu disse, de qualquer forma o procedimento não é eterno, é muito necessário, mas temporário. Não devemos parar com nossos treinos ou com as nossas aplicações por causa disso”, finaliza Flávia Villela, médica especialista em dermatologia e medicina estética.
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