Tempo de marquetear
É hora do marketing eleitoral crescer de relevância. Até as convenções, a articulação de bastidores foi o elemento principal para a costura de alianças em torno de cada candidatura. Ainda existe margem de manobra para ajustes até a entrega oficial das atas de cada convenção, mas é prazo curto. Com as súmulas depositadas no Tribunal Regional Eleitoral, é hora de mostrar o motivo de ter registrado o nome em peleja de tamanha envergadura.
Daqui pra frente, o trabalho de apoio mais importante passa ser o de marketing. Saliente-se que o talento marqueteiro não ganha eleição, pois não muda a correlação de forças (coisa definidora em política). O que o marquetear (em espanhol já é verbo) faz é potencializar a capacidade de comunicação de cada candidatura, como se diz nos dicionários castelhanos sobre este vocábulo: “promocionar a alguien para que sea conocido”. No caso, marqueteia-se para eleger a alguien – e para isso acontecer, toda uma base, anterior à marqueteagem, tem que estar construída.
A disputa presidencial, radicalizada, definidora de campos como nunca, é parâmetro menos simples do que parece para o trabalho de construção da imagem local. Isso é uma dor de cabeça para o marketing. Paulo Dantas está alinhado com Lula; Collor e Rodrigo com o estrupício; Rui procura não ter esse posicionamento de forma explícita. As demais candidaturas, nesta TIC TAC, não serão avaliadas – depois as visitaremos. Vamos pela ordem da colocação nas pesquisas.
Paulo Dantas terá de convencer o eleitorado lulista que é 13 topado. O problema é que, em sua base, circulam eleitores do dito messias e seu governo conta, especialmente na PM e demais estruturas policiais, com destacada participação “messiânica”.
Fernando Collor está dedicado a vestir o figurino da tropa de choque bolsonarista – apesar de ser mais afeito às bibliotecas, passou a frequentar clubes de tiro – e decidiu, há bom tempo, jair atrelando sua imagem ao espectro da repugnante figura.
Rodrigo Cunha tem dificuldades para se assumir como bolsominion; o mito, quando deputado federal, não só defendeu o colega acusado de mandar matar Ceci Cunha, como levantou suspeitas de que a mãe de Rodrigo teria desviado dinheiro de campanha (!!!).
E Rui? Palmeira até agora conseguiu sair ileso desse tiroteio e tem dado pouca atenção ao rasga-rasga pelo Planalto. Tem ocupado um certo espaço com esta postura, bem-vinda ao eleitorado temerário da guerra total entre Lula x inominável.
A turma do marketing (menos quem estiver cuidando disso com Collor) terá bastante trabalho para nacionalizar a eleição na medida certa.
Notas
# Confirmado para amanhã, 11 de agosto, o lançamento do mais novo livro sobre Jorge de Lima, obra que trata da (farta) correspondência – inédita – entre o poeta alagoano e o intelectual mineiro Alceu de Amoroso Lima.
# Esse será o primeiro lançamento de uma série e está marcado para a Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, com a presença do autor da obra, professor Leandro Rodrigues, em sessão presidida pelo acadêmico Merval Pereira.
# Graciliana Wakanã, expressiva liderança indígena alagoana, cobra do governo do Estado o melhoramento das estradas que dão acesso às aldeias, assim como a conclusão da Escola Estadual Cacique Alfredo Celestino.
# “A garantia dos direitos dos indígenas que moram em terras ainda não homologadas e desintrusadas, os chamados índios desaldeiados, são outra grande preocupação”, diz Graciliana, acentuando a marginalização dessas comunidades.
# A obra de Persivaldo Figueiroa é tema da exposição Carrossel, aberta ontem, em simultâneo com a mostra Traje & Tória, do saudoso Achiles Escobar, ambas no Anexo do Teatro Deodoro, no centro de Maceió. A multiartista Marta Arruda é uma das organizadoras.
# Anunciado um novo aplicativo, Combux, que atualiza e compara em tempo real os preços de combustíveis nos postos de uma cidade. Taí uma coisa boa! Vamos ver se Maceió já está sob os cuidados desse utilíssimo instrumento.
# Maurício Bulgarim, presidente da Cepal, recebeu ontem representantes da Flimar e garantiu a participação da Imprensa Oficial Graciliano Ramos na edição 2022 da Festa Literária de Marechal Deodoro, a se realizar entre 1º e 4 de setembro.
Hoje na História
10 DE AGOSTO DE 1792 – PRISÃO DE LUÍS XVI, REI DA FRANÇA. O fato é considerado o fim da monarquia francesa, embora a coroa tenha voltado a cobrir cabeças, esporadicamente, depois disso e o próprio Napoleão coroou a si mesmo em 1804. Mas a detenção do monarca que ainda, formalmente, mantinha algum poder após a Queda da Bastilha em 1789, quebrou de vez a corrente do absolutismo no mundo ocidental. Acusado de articular a intervenção de reinos estrangeiros na França para o restabelecimento das condições anteriores, Luís XVI é preso no Palácio das Tulherias, depois da multidão insurgente ter massacrado sua guarda real. A monarquia francesa é abolida em 21 de setembro e Luís, então chamado de cidadão Capeto, guilhotinado em 21 de janeiro de 1793, aos 38 anos. A Revolução Francesa havia então concluído o ciclo de revoluções – juntamente com a Revolução Industrial na Inglaterra e a independência dos Estados Unidos –, encerrando o período medieval, consolidando a supremacia do capitalismo e da burguesia.
últimas
-
De parabéns!
Maceió recebe pontuação máxima do MEC na alfabetização de crianças
-
Edital
Maceió seleciona alfabetizadores populares e tradutores-intérpretes de Libras
-
Latrocínio
Delegado detalha assassinato de motorista por aplicativo e diz que foi "pura maldade"
-
Pesquisa da Fecomércio
Consumidores de Maceió devem movimentar cerca de R$ 76 milhões na Black Friday
-
Economia
Receita Federal abre consulta a lote da malha fina