Cientistas editam DNA de roedores e avançam milhões de anos em descobertas
Em estudo publicado na revista Science, um grupo de pesquisadores descreveu as descobertas a que chegaram após editar geneticamente o DNA de roedores através de uma nova técnica que usa células-tronco. A equipe espera revelar mais sobre como o rearranjo dos cromossomos pode influenciar a evolução.
Conforme comentam os pesquisadores, as células-tronco embrionárias não fertilizadas são geralmente o melhor ponto de partida para mexer no DNA. Em seus experimentos, os pesquisadores fundiram dois cromossomos de tamanho médio (4 e 5) e os dois cromossomos maiores (1 e 2) em duas orientações diferentes, resultando em três arranjos diferentes.
A fusão dos cromossomos 4 e 5 foi a mais bem sucedida em termos de transmissão do código genético para a prole dos camundongos, embora a reprodução tenha sido mais lenta que o normal. Uma das fusões 1 e 2 não produziu descendentes de camundongos, enquanto a outra produziu descendentes de camundongos mais lentos, maiores e mais ansiosos.
Segundo os pesquisadores, as quedas na fertilidade se devem à forma como os cromossomos se separam. Essas mudanças podem ocorrer uma vez em milhões de anos, e embora as edições genéticas tenham sido feitas no laboratório em pequena escala, os sinais são de que elas podem ter alguns efeitos dramáticos nos animais envolvidos.
Para se ter uma noção, fusões cromossômicas e realocações podem levar a problemas de saúde, incluindo leucemia infantil, por exemplo. Isso ressalta a importância de continuar o trabalho que os cientistas estão fazendo atualmente, uma vez que editar geneticamente o DNA dos roedores pode ajudar a compreender melhor a espécie.
Fonte: Science via Science Alert
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