O CAPITÃO DA DESAGREGAÇÃO FAMILIAR
A cinco dias da eleição, retorno à pauta local. O que está em jogo é a continuidade dos rumos, excepcionais, trilhados pelo Estado desde 2015 até agora. Evidentemente que Alagoas não pulou para o primeiro mundo sem escalas, nem se transformou num cantão suíço em menos de oito anos. Mas, indubitavelmente, aconteceram transformações positivas sem precedentes por essas bandas, o que leva os conservadores ao desespero.
O candidato para manter Alagoas neste rumo progressista é, sem dúvida, Paulo Dantas, apresentado por Renan Filho como continuador de sua obra. Dantas, entretanto, tem um adversário poderoso, menos nos outros três principais nomes nessa disputa, mas principalmente no amálgama de forças retrógradas que têm no “mito” seu guia para a vida. E toda ação guiada pelo bolsonarismo é necessariamente golpista, desagregadora.
A desagregação familiar é marca de Jair Messias. Nas eleições do ano 2000, ele promoveu um matricídio eleitoral. Rogéria Nantes, mãe de Flávio, Carlos e Eduardo, foi eleita vereadora em 1992 (no lugar do então marido, que 1990 virou deputado federal), reeleita em 1996, ia para a terceira eleição. Mas, como ela havia se separado do ex-capitão, ele decidiu destruir a carreira política dela e exigiu que um dos filhos se lançasse candidato para tomar a base eleitoral materna. O mais velho, Flávio, se negou a fazer isso (gesto digno), mas o filho do meio, Carlos, aceitou. Como tinha apenas 17 anos, “Carlucho” foi emancipado pelo pai e cumpriu a missão. Com 16.053 votos, derrotou a mãe, que teve apenas 5.109 sufrágios e nunca mais conseguiu ser eleita (em 2020 foi novamente atropelada pela mesquinhez familiar).
Ana Cristina Valle, segunda esposa de Jair e mãe do Jairzinho, também foi alvo da sanha desagregadora-familiar do ex-capitão, quando do fim do casamento em 2007. Embora tenha respondido de forma dura, acusando-o de roubo e ameaças de morte, recuou e saiu do País. Tendo feito um acordo com o ex-marido, retornou ao Brasil e tentou ser candidata, sem sucesso, em 2018. Tenta a sorte de novo neste ano, mas está envolvida nas mágicas operações imobiliárias da familícia e trava uma batalha pouco discreta com a atual conje do mito, dona Micheque, envolvendo o jovem zero-quatro na briga.
A turma do Jair Messias, nos dias em curso, está tentando um filicídio eleitoral em Alagoas. Desagregou e chocou, mas agora ganhar com isso é outra história.
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